Rádio segue como a mídia de massa de maior alcance nos Estados Unidos

Nielsen aponta que, mensalmente, mais de 90% da população norte-americana ouve rádio

06/07/2023


 Na primeira coluna são comparados o alcance do rádio com outras plataformas de áudio que contam com anúncios. Na segunda, à direita, está a divisão da composição do consumo de rádio nos Estados Unidos, considerando o ambiente como “no carro”, “em casa”, “no trabalho” e “outros”.

 

 O rádio é a mídia de massa de maior alcance nos Estados Unidos. Essa afirmação foi confirmada após a divulgação dos dados mais recentes de consumo do veículo, com base no relatório Nielsen Audio Today 2023. Segundo o levantamento, o rádio AM/FM atinge 91% de todos os americanos com mais de 18 anos a cada mês, superando a TV, smartphones, PCs e tablets. Diferentemente do que ocorre no Brasil, 65% de toda a audição de rádio AM/FM ocorre fora de casa, com 44% acontecendo em carros. Neste caso, segundo análise feita por Pierre Bouvard, da Westwood One, esses dados apontam o rádio como um meio poderoso para alcançar consumidores em trânsito e próximo ao ponto de compra.

Em sua análise, Bouvard destaca que o relatório também “enfatiza o papel do rádio em alcançar uma ampla audiência e criar demanda futura, o que é valioso para os anunciantes que desejam familiarizar potenciais consumidores com suas marcas”. Pierre também informa que esses dados não estão passando despercebidos pelos maiores anunciantes norte-americanos. A P&G (Procter & Gamble), que passou a ser o maior investidor publicitário no meio, reconhece a eficácia do veículo.

“O rádio é um meio poderoso para alcançar e envolver os consumidores que atendemos. Quase todas as pessoas são consumidores em potencial de nossas marcas. Queremos alcançar 100% desses consumidores em potencial. O rádio é uma maneira poderosa de alcançar esses consumidores devido ao seu imenso alcance e disponibilidade. Quando bem feito, o rádio funciona por causa de seu alcance, eficácia e eficiência. Exatamente o que as marcas da P&G estão procurando.”, afirma Marc Pritchard, diretor de branding da P&G.

Ainda sobre os dados de consumo de rádio nos Estados Unidos, a análise feita por Pierre destaca a força do veículo entre todas as mídias de áudio que contam com algum tipo de anúncio. Segundo a análise, o rádio AM/FM domina com um alcance cinco vezes maior que o do Spotify e oito vezes maior que o de Pandora e Amazon Music. Além disso, dados validados pelo relatório "Share of Ear" da Edison Research mostram que o rádio AM/FM detém quase 90% da participação em áudio suportado por anúncios ouvido em carros.

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Como destacado anteriormente pelo tudoradio.com, em sua análise, Pierre indica que os anunciantes devem usar o rádio AM/FM para criar demanda futura. Segundo o analista, o rádio AM/FM é perfeito nesse sentido, pois os anunciantes podem segmentar audiências muito amplas de todos os compradores de categorias.

“Criar demanda futura é fazer publicidade para aquele grupo muito maior de consumidores que não estão no mercado, que não estão prontos para comprar agora, mas estarão no futuro, e fazê-los se sentir familiarizados e positivamente inclinados em relação a nós, para que gravitem em nossa direção quando entrarem na categoria.” Esta citação, usada por Pierre em sua análise, é de James Hurman, autor do livro Demanda Futura.

Qual a razão de olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

Repórter: TudoRádio

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