Congresso debate a migração do Rádio AM para a faixa FM

Painel contou com a participação de engenheiros envolvidos no processo

17/05/2016

Na segunda palestra desta terça-feira o tema foi a migração das rádios AM para a faixa FM. O assunto, de grande interesse da radiodifusão brasileira, iniciou com o decreto assinado pela presidente afastada Dilma Rousseff, em novembro de 2013. A migração tem por objetivo fortalecer as emissoras de rádio com o oferecimento da faixa FM que tem melhor qualidade de áudio e sintonia mais fácil.

Um dos palestrantes, o engenheiro da ABERT, André Cintra, elogiou a iniciativa de trazer o tema ao Congresso e que ainda provoca muitas dúvidas aos radiodifusores. “É importante porque você pode expor principalmente para o pessoal aqui de Santa Catarina a situação real dos estudos que estão sendo feitos lá em Brasília junto com a Anatel e aqui todo mundo fica sabendo como está a situação de migração aqui para o estado”

André Cintra lembrou que em Santa Catarina foram solicitados 100 pedidos de migração e que só foram concedidos 54. Porém, ele explicou que é necessário haver um acordo de todos os radiodifusores para tornar possível a agregação de mais canais. Para ele “isso só será possível se o pessoal quiser reduzir um pouco a potência que teria direito no decreto 8139 porque diminuindo a potência a gente consegue atender mais emissoras” enfatizou o engenheiro.

O também engenheiro, Eduardo Cappia, da AESP afirmou aos jornalistas, logo após sua participação no painel, que “as dúvidas trazidas pelos radiodifusores presentes ao evento, contribuem para a construção do próximo passo”. Cappia disse que o maior benefício da migração é o salto de qualidade: “nós estamos trabalhando com um produto de 10 KHz que é o AM para um de 200 KHz, ou seja, é uma multiplicação de possibilidades” concluiu.

Foto: Fernando Willadino

Repórter: Assessoria de Imprensa ACAERT

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