Câmara dos Deputados homenageia o centenário do rádio no Brasil

Sessão solene contou com a participação de representantes do setor e destacou a contribuição do meio de comunicação para o país

23/11/2022

Mesa da sessão solene durante a execução do Hino Nacional. (Crédito: Pablo Valadares /Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene, nesta terça-feira (22), para celebrar os 100 anos da primeira grande demonstração pública de rádio no Brasil. A sessão foi proposta pelos deputados federais Victor Mendes (MDB-MA), Acácio Favacho (MDB-AP) e Alex Santana (Republicanos-BA). “Hoje são mais de 10 mil emissoras de rádio FM e AM ativas no Brasil, levando informação e entretenimento, de maneira rápida e acessível à população. Elas contribuem diretamente para a promoção da cidadania e o fortalecimento da democracia. Segundo dados da Secretaria de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, entre as emissoras 3,9 mil são FM, 1,2 mil AM e mais de 4,7 mil são rádios comunitárias”, destacou o deputado Victor Mendes em seu requerimento. 

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A homenagem contou com a participação do presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert), Flávio Resende, do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Glen Lopes Valente, do presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias, Jeremias dos Santos, e da editora-chefe da Rádio Câmara, Ana Raquel Macedo.  

“Pesquisa recente do Kantar Ibope realizada em 13 regiões brasileiras apontou que o veículo é ouvido por 83% da população brasileira, o que representa um aumento de 3% em relação a 2021. Em média, cada ouvinte brasileiro gasta, por dia, 3 horas e 58 minutos com o rádio”, destacou o presidente da Abert. 

Já o presidente da EBC ressaltou a evolução do rádio nesses 100 anos. “Hoje o rádio está no Spotify, hoje o rádio é podcast, é streaming. O rádio é muita coisa. O mundo está mudando e a integração de todas as plataformas disponíveis para falar do rádio está participando”, ressaltou. 

O deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), que presidiu a sessão, ressaltou o papel do rádio na história do Brasil. “O Rádio continua sendo o veículo mais ouvido da nação, a notícia mais rápida, a notícia mais fiel”, destacou o deputado. 

A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu em 7 de setembro de 1922, durante a exposição do Centenário da Independência, quando o Presidente da República da época, Epitácio Pessoa, realizou um pronunciamento na Esplanada do Castelo, no centro do Rio de Janeiro, então capital do país. A transmissão foi realizada para as cidades como Petrópolis, Friburgo e São Paulo, por meio de uma antena instalada no Morro do Corcovado.

Por ter começado em caráter experimental, o rádio começou a se popularizar na década de 1930, principalmente após a sanção de uma lei, pelo então presidente Getúlio Vargas, em 1932, que autorizava a transmissão de propaganda pelas emissoras. 

Esse foi um incentivo para que empresas começassem a investir e os aparelhos de rádio ficassem mais acessíveis. Com isso, passaram a ganhar espaço a música popular e os programas de entretenimento. Foi em 1935 que o programa A Voz do Brasil foi transmitido pela primeira e é o programa de rádio mais antigo do país e do Hemisfério Sul ainda em transmissão.

Na década de 1950, o rádio viveu a “Era de Ouro”. Emissoras, como a Nacional do Rio de Janeiro, foram ouvidas por todo país, com seus cantores se tornando ídolos. Surgiram as Rainhas do Rádio e o futebol virou paixão nacional. Radionovelas viraram referência.


Repórter: gov.br

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