TV analógica, governo trabalha para iniciar o desligamento em 2015

Apagão analógico será realizado em etapas, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2018.

06/02/2014

Uns dos maiores destaques no último 36º Encontro Tele.Síntese realizado em Brasília foi os comentários de Patrícia Ávila, Secretária Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações sobre o Governo Federal continuar trabalhando para garantir que o desligamento da TV analógica comece em 2015. O que anteriormente era previsto para ocorrer de uma só vez em todas as cidades do país em 2016, mas decidiram que o apagão analógico será realizado em etapas, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2018.

Segundo a secretária, 40% da população brasileira ainda não tem acesso ao sinal digital, pois necessitam de um televisor que receba este sinal. Então, para ampliar essa cobertura digital, o MiniCom tem adotado uma série de ações. Dentre elas, destacam-se a redução da burocracia na condução dos processos e a concessão de autorizações provisórias de funcionamento para as emissoras.

“Faremos esta semana a última reunião com a Anatel sobre o Norte e o Nordeste e, em seguida, será concluído o replanejamento do Centro-Oeste”, afirmou a secretária sobre a otimização do aspecto e replanejamento de canais. Segundo ela, mais da metade das consultas públicas do Estado de São Paulo sobre o desligamento analógico já foram publicadas. E o restante será publicado em breve. Ressaltou ainda que “das cerca de 4.500 retransmissoras de TV sem par digital, apenas 20% estão em regiões onde o espectro está congestionado. As demais estão em cidades pequenas, que não têm esse problema”.

Existem ainda 500 pedidos de consignações que estão parados porque não há canais disponíveis ou porque o par digital da entidade está acima do canal 51. “Por isso, estamos esperando o replanejamento para terminar essas consignações”, disse Patrícia. Depois da conclusão do replanejamento de canais é que o MiniCom estará apto a divulgar o cronograma do desligamento. Onde em seguida, será iniciado o monitoramento da cobertura digital, em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Ela deixou claro, que pretendem até o final do ano divulgar os resultados da pesquisa, feita em parceria com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o IBGE, sobre o acesso da população ao sinal digital. Destacou que a produção e venda de TVs de tela plana (são 35 milhões de aparelhos já vendidos, quando a expectativa para outubro passado era de 16 milhões), e o estudo sobre as forma de subsídio para compra dos conversores digitais por famílias de baixa renda. Observou que a obrigatoriedade do Ginga (programa que possibilita a interatividade no modelo nipo-brasileiro de TV digital), que era de 75%, em 2013, este ano passará a 90%. “Há cada vez mais aparelhos com o Ginga e a tendência é aumentar ainda mais”, A expectativa é que a previsão de aumento de venda de aparelhos digitais de 14% por conta da Copa do Mundo, o número de TVs com Ginga embutido em breve poderá chegar a 25 milhões.

A Secretária destaca que o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) está se expandido para outros países, com laboratórios instalados no Uruguai, Chile, Equador e Peru e capacitação de cerca de 40 profissionais da área. “Temos ainda o programa o Ginga Br Labs, que entregou laboratórios de conteúdo e aplicações interativas para TVs públicas, capacitação de profissionais e desenvolvimento de repositório para intercâmbio de conteúdos interativos e o serviço experimental de distribuição de conteúdos multimídias”.

Repórter: Set.org

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