TV 3.0 começa em 2026 por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo

Secretário do MCom afirma que haverá política pública para famílias de baixa renda, mas ainda sem fonte de financiamento definida

09/09/2025


O governo federal prevê que a implantação da TV 3.0 comece já em 2026 pelas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações (MCom), Wilson Wellisch, as primeiras transmissões comerciais devem ocorrer em meados do próximo ano, coincidindo com a Copa do Mundo – mas o movimento depende do setor privado.

A previsão é que os equipamentos de transmissão levem de 10 a 12 meses para serem produzidos e instalados, com cada projeto licenciado individualmente pela Anatel. Paralelamente, fabricantes trabalham para disponibilizar conversores no mercado.

“No começo do primeiro semestre de 2026, talvez até o final do primeiro trimestre, já teremos equipamento pronto para distribuição em massa”, previu Wellisch, em entrevista ao Tele.Síntese. Os preços iniciais são estimados entre R$ 300 e R$ 400, mas a expectativa é que caiam com a produção em escala.

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O secretário destacou que a transição será gradual, sem prazo definido para desligamento do sinal digital atual. “A ideia é que o switch-off só aconteça quando a maioria da população estiver apta a receber a TV 3.0, de forma que não haja perda de programações”, afirmou. Para fins de comparação, a digitalização da TV aberta foi definida por portaria em 2006, mas o processo só se encerrou mesmo este ano, após estabelecimento de política de desligamento dos canais legados que durou quase uma década.

Sobre políticas públicas, Wellisch confirmou que haverá iniciativas voltadas às famílias de baixa renda, mas ainda sem definição de fontes de recursos. Ele lembrou que, no caso da TV digital, a distribuição de kits com antena e conversor foi financiada com recursos do leilão 4G, de 2014. “Estamos estudando possibilidades, seja com recursos da União ou de futuras licitações de radiofrequência. Não descartamos nenhum modelo”, disse.

O decreto que regulamenta a TV 3.0 prevê, ainda, a possibilidade de versões adaptadas para celulares (via 5G Broadcast) e para a recepção via satélite (DVB-NIP), o que será detalhado em etapas posteriores pelo MCom.

Repórter: Tele.Síntese

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