Porral TudoRádio faz cobertura especial do evento
20/08/2025Entre os temas abordados, esteve o impacto da TV 3.0 e o
papel da radiodifusão em um cenário dominado por múltiplas plataformas de
mídia. A CEO do SBT, Daniela Abravanel Beyruti, reforçou que a união das
emissoras é essencial para consolidar a força do meio. “Nossa força é conjunta.
A TV continua muito relevante e precisamos defender o entretenimento e a
informação de qualidade. Essa transição para a TV 3.0 tende a ser ainda mais
rápida do que a que vivemos no digital”, afirmou.
O diretor-presidente da Globo, Paulo Marinho, apontou que o
setor enfrenta um “vácuo” entre a velocidade das inovações tecnológicas e a
adaptação das narrativas e regulações. “A TV aberta tem uma relação muito
próxima com a população brasileira. Nosso desafio é manter essa relevância
diante da multiplicidade de telas e continuar oferecendo conteúdos de impacto”,
disse.
Representando o Grupo Bandeirantes, Claudio Luiz Giordani
destacou a integração entre televisão, rádio e redes sociais como oportunidade.
“A TV gera a conversa e as redes sociais amplificam. É um ciclo que fortalece o
meio. Rádio e TV seguirão crescendo e usando a internet como aliada, não como
concorrência”, avaliou.
Já o CEO da Record, Marcus Vinícius Vieira, reforçou o papel estratégico da radiodifusão tanto para o público final quanto para o mercado publicitário. “Nosso desafio é atender às duas frentes. A TV 3.0 já começa a derrubar barreiras tecnológicas e abre novas perspectivas para o setor”, declarou.
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TV 3.0, regionalização e novas receitas
Na projeção para os próximos anos, os executivos apontaram a
regionalização do conteúdo como um dos principais diferenciais da TV 3.0.
Vieira destacou que a legislação atual dá solidez ao projeto e amplia a vida
útil da TV aberta. Giordani acrescentou que o novo modelo permitirá segmentação
e diversificação de receitas, justificando maiores investimentos comerciais.
Outro ponto em pauta foi a relação da TV com os
influenciadores digitais. Beyruti ressaltou que muitos deles ainda enxergam a
televisão como um espaço legitimador. “Mesmo com tantas plataformas, a TV
aberta continua sendo referência de credibilidade para o público”, disse.
Encerrando o painel, Marinho projetou que a inteligência
artificial será um fator determinante no consumo de mídia nos próximos anos.
“Estamos diante de um ecossistema mais complexo, com novos hábitos e desafios.
A inteligência artificial certamente transformará a forma como interagimos com
os conteúdos”, concluiu.
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Repórter: TudoRádio