Inside Áudio 2024: Rádio une a tradição e o digital no consumo

De acordo com a pesquisa da Kantar IBOPE Media, o rádio é o principal meio de consumo de áudio no Brasil

09/10/2024



Conforme divulgado nesta quarta-feira (9), o rádio é ouvido por 79% da população brasileira nos 13 mercados regularmente monitorados pela Kantar IBOPE Media, enquanto o áudio atinge 91% da população. No detalhamento desses dados, percebe-se que o rádio mantém sua credibilidade perante a audiência, há um interesse contínuo da publicidade em utilizar o meio como ferramenta importante de marketing, e existe uma forte combinação entre o tradicional e o digital no consumo.

O rádio se consolida como o principal meio de áudio no Brasil, alcançando 79% da população. Os brasileiros dedicam, em média, 3h55min por dia ouvindo rádio, e o meio demonstra forte apelo local, com 69% da audiência gostando do rádio por ele trazer informações sobre suas cidades. Além disso, de acordo com o Inside Áudio 2024, sua agilidade é reconhecida por 77% dos ouvintes, que o consideram uma fonte rápida, e 58% confiam no rádio para se manterem informados. Em termos regionais, Belo Horizonte se destaca com o maior alcance entre as 13 praças pesquisadas.

Outro ponto importante é a credibilidade do meio, reforçada pela percepção de que as informações veiculadas não são falsas, conforme destacado por 50% dos consumidores. Vale ressaltar que, entre os ouvintes de rádio, 78% estão habituados a sintonizar conteúdo nas estações AM e FM, 28% acessam pelo YouTube (seja apenas áudio ou programação ao vivo com imagem) e 12% acompanham via serviços de streaming de áudio.

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O estudo também aponta para um dado relevante: o rádio combina a força do tradicional com a conveniência do digital, segundo a Kantar IBOPE Media. O consumo online já ultrapassa o tradicional em alguns horários, e entre as 10 maiores emissoras, o digital agrega 54% de alcance. Essa mudança nos hábitos de consumo, citada por 38% dos brasileiros, reforça a característica de mobilidade do rádio, permitindo o acesso a qualquer hora e lugar, conforme indica a empresa ao divulgar os dados do Inside Áudio 2024.

O Inside Áudio 2024 também revela o crescimento dos podcasts; 43% dos ouvintes de rádio ouviram podcasts nos últimos três meses, com 48% consumindo semanalmente. Os temas mais populares nos podcasts e no rádio são: comédia (31%), música (31%), esportes (24%), educação (22%) e notícias (22%).

“A maior força do áudio está na capacidade de engajar de maneira íntima e imersiva, por vezes com o apoio do vídeo, como ocorre em podcasts. De diferentes formas, o formato se faz presente na jornada das pessoas”, afirma Adriana Favaro, vice-presidente comercial da Kantar IBOPE Media.

Mercado publicitário atento ao rádio; conversão é alta

O Inside Áudio 2024 também trouxe dados sobre projeções de investimento, indicando que, para o segundo semestre de 2024, 74% dos líderes de marketing apostarão no áudio como um todo, com 61% criando ações para o rádio e destinando verbas para podcasts, e 60% investindo em plataformas de streaming. No primeiro semestre deste ano, o mercado brasileiro veiculou mais de 1 milhão de minutos de publicidade no rádio.

As informações divulgadas pela Kantar IBOPE Media também mostram que os consumidores reconhecem a eficácia da propaganda em suas diferentes formas, com 83% dos ouvintes de rádio relatando que ouviram campanhas ou outras ações publicitárias em algum formato de áudio. Entre os que ouviram propagandas no rádio, 54% foram impactados por comerciais veiculados entre programas e músicas, e 25% por ações feitas por locutores.

O poder de conversão do meio é notável, afirma a Kantar IBOPE Media: 38% dos que ouviram propagandas em áudio já compraram ou pesquisaram o produto ou serviço divulgado; 57% gostam do formato em que as propagandas são apresentadas nas emissoras de rádio e nas plataformas de streaming, e 55% dizem prestar atenção.

“Uma boa campanha para áudio dificilmente é uma ideia adaptada de outros meios. Mesmo que faça parte de uma comunicação integrada, uma peça destinada ao áudio produz mais impacto quando pensada especificamente para o formato”, conclui Adriana.

Repórter: TudoRádio

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