Morre o radialista José Eli Francisco, um dos ícones do Rádio em Santa Catarina

Radialista era comendador ACAERT

13/12/2023



A ACAERT lamenta informar o falecimento do radialista e comendador José Eli Francisco, aos 79 anos, em São Francisco do Sul. O profissional vinha lutando contra um câncer. Importante personagem do Rádio em Joinville, apresentou por décadas o programa ‘Show das Dez’, na Rádio Cultura.  Fundou em 1989, com vários colegas, o Sindicato dos Radialistas Profissionais e Empregados em Radiodifusão e Televisão da Região Norte/Nordeste de Santa Catarina. Em agosto de 2010, José Eli Francisco recebeu a ‘Comenda ACAERT’, a maior honraria da Radiodifusão Catarinense, na ocasião, junto com Edison Andrade, Ivan Bonato, José Correia de Amorim e Derly Massaud de Anunciação. Foram 60 anos dedicados ao Rádio e à cultura joinvilense. O velório será a partir das 7h30 desta quinta-feira (14), na Capela Borbagato (Capela 03). O sepultamento está marcado para às 14h, no Cemitério Municipal de Joinville. A ACAERT apresenta votos de solidariedade aos familiares e amigos de José Eli Francisco.

PERFIL

Nasceu no dia 2 de abril de 1944, na localidade de Rio Pequeno, no município de Camboriú, Santa Catarina. Com dois anos de idade, mudou-se com a família para Joinville. Aos 14 anos, começou sua carreira no Jornal ‘A Notícia’, no dia 04 de março de 1959. Migrou logo depois para o rádio. O programa ‘Show das Dez’ o projetou como grande comunicador.  Em 1976, ganhou o ‘Troféu Manoel de Nóbrega’, de importância nacional. Desenvolveu inúmeras atividades sociais. Fundou em 1989, com vários colegas o Sindicato dos Radialistas Profissionais e Empregados em Radiodifusão e Televisão da Região Norte/Nordeste de Santa Catarina. Ocupou o cargo de diretor de Educação da Federação Nacional de Rádio e Televisão – FENARTE, com sede em Brasília. Incentivou o plantio de Ipês-amarelos. Distribuiu em campanhas com entidades sociais, escolas, câmaras junior, mais de 50  mil mudas e o resultado acontece quando chega a primavera na cidade.

Apaixonado por Joinville, foi um dos incentivadores para popularizar o Hino de Joinville, de autoria do querido ‘Zininho’ autor do ‘Rancho de Amor a Ilha’.

Era fã do cantor Roberto Carlos com quem ainda mantinha estreita amizade. Soube admirar e se emocionar com a Mãe Abigail. Foi ele quem a descobriu num de seus programas de rádio. Logo foi conhecida em todo o Brasil por adotar hoje mais de 50 crianças rejeitadas pela sociedade.  Lançou então campanhas para construir o seu lar.

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Através de seu esforço conseguiu juntar comunicadores de rádio, jornal e televisão para uma campanha que salvou do abismo o Hospital Bethesda, de Pirabeiraba. A ‘Festa da Solidariedade’, da AJOS teve apoio fundamental deste profissional. Incentivador dos poetas joinvillenses, editou dois livros de coletâneas: ‘Show das Dez’ I e II. Colaborou com os jornalistas Ricardo Medeiros e Lúcia Helena Vieira, como historiador do livro ‘História do Rádio em Santa Catarina’.

Institui o ‘Troféu Ipê Amarelo’, entregue a pessoas que se projetam no campo social. Colaborou para a criação do Museu da Imagem e do Som em Joinville, dando parte de seu arquivo particular. O Sindicato mantinha uma sala no Centro de Eventos Cau Hansen, com fotos e documentos de profissionais do rádio, jornal e televisão.

Construiu uma recreativa, composta de auditório, refeitório e uma cancha polivalente. A única do país dedicada a radialistas, mas ocupadas pelos demais colegas de todas as áreas de comunicação. Manteve por vários anos um programa na TV da Cidade, que resgatava a cultura da cidade. Foi colaborador do Instituto Caros Ouvintes.  

Repórter: Assessoria de Imprensa ACAERT

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