Novo rádio precisa ir além do “ar” para ampliar conexão com o ouvinte e obter mais fontes de renda

Inovação nas formas de produção radiofônica foi tema de debate nesta terça-feira durante o 18º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão, promovido pela ACAERT

24/05/2022


Foto: Fernando Willadino & Filipe Scotti | Galeria de fotos: https://bit.ly/albunscongresso

As novas maneiras de se fazer Rádio foram debatidas nesta terça-feira durante o 18º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão, promovido pela ACAERT, no CentroSul, em Florianópolis. Com um cenário capilarizado na comunicação, o tradicional radinho já não pode ficar somente no ar. É preciso estar presente nas demais plataformas que fazem parte do cotidiano das pessoas, o que pode significar mais conexão com o público ouvinte e mais fontes de renda. O tema foi discutido em painel apresentado pelo vice-presidente de inovação e competitividade da ACAERT, Roberto Dimas do Amaral, o publicitário Robson Ferri e a administradora Carolina Sasse. Roberto Amaral ressalta a necessidade de expandir a presença do rádio.

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"Este é o caminho. Tanto o “ar”, os locutores falando na transmissão linear, quanto o “on”, o digital, e a experiência na rua. O rádio não é só AM ou FM, é tudo, em especial nas cidades menores, onde ele dá a agenda da cidade, os eventos, traz as autoridades, resolve os problemas. Rádio é site, app, redes sociais. Faz parte da vida das pessoas como um todo. É preciso se adaptar, trazer as plataformas para trabalhar junto", analisa o vice-presidente de inovação e competitividade da ACAERT.

O processo de inovação exige abertura de ideias para entender as novas tecnologias e também a ousadia de testar possibilidades para verificar aquilo que funciona. Sócia e Diretora de Marketing e Vendas da Cadena, empresa que produz programas virtuais para emissoras de rádio, Carolina Sasse estimula esta reflexão.

"São muitas possibilidades e precisamos estar abertos a olhar todas estas ferramentas, enxergando-as como formas de impulsionar o negócio e não como concorrentes. Como transformar todas estas plataformas na realidade de uma pequena ou média emissora? É preciso sair da paralisia. Há tanto a fazer que acaba-se fazendo nada por não saber onde começar. Não há cartilha pronta, algo que resolva todos os problemas. É preciso pensar nas alternativas", pontua Sasse.

Outro ponto fundamental para a mudança de paradigmas é um ambiente favorável à inovação. No caso das empresas, é preciso que as diretorias tenham uma visão positiva sobre as novidades e busquem os profissionais aptos a conduzi-las, como analisa o publicitário Robson Ferri, diretor da RF Mídia.

"Não adianta comprar tecnologia, ter logins e senhas de sistemas que podem facilitar, se não tiver pessoas que possam tocar isso. O ambiente rádio precisa fugir daquela previsibilidade de equipe e estratégia e cruzar a linha fazendo algo mais inclusivo. Passa por trazer pessoas novas, que não necessariamente façam rádio, mas que conseguem usar as novas ferramentas para potencializar o rádio — defende Robson Ferri.

O 18º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão foi concluído nesta terça-feira, após três dias de evento, no CentroSul, em Florianópolis. Todas as palestras, painéis e workshops realizados estão disponíveis em vídeo no canal da ACAERT no YouTube.

Foto: Fernando Willadino & Filipe Scotti | Galeria de fotos: https://bit.ly/albunscongresso

Repórter: Kadu Reis

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