Anunciar em rádio: Saiba porque é um bom negócio em Santa Catarina

Este conteúdo é parte da série Mapa de Oportunidades, uma parceria do Portal Making Of com a ACAERT

06/03/2019

Grandes marcas do mercado catarinense estão diariamente nos intervalos comerciais ou patrocinando as atrações da programação das emissoras de rádio de Santa Catarina. Elas querem comunicar seus produtos, serviços, promoções e ofertas com quem faz do rádio de pilha, no carro ou no smartphone, o companheiro de todas as horas.

As mesmas virtudes que marcas do varejo como Koerich, Angeloni, Fort Atacadista, entre outras. enxergam no rádio, é o que leva empresas com uma atuação mais segmentada também a investir no meio. É o caso da Stratum Blockchain Tech, empresa que trabalha com plataforma de blockchain e criptomoedas (como Bitcoin, entre outras). Desde outubro de 2018, a empresa vem investindo em rádio, patrocinando o comentário sobre finanças veiculado na CBN-Diário, de Florianópolis.

Segundo a diretora de operações da Stratum, Charys Oliveira, vários pontos motivaram a decisão. “Primeiro, disseminar o conhecimento sobre nosso trabalho em veículos convencionais e de massa”, diz. Outro motivo foi a escolha do programa (comentário do especialista em finanças, Mauro Halfeld). “É de economia, na rádio CBN, o que acaba convergindo para um foco e objetivo de estimular investidores e ouvintes interessados a buscarem informações sobre o mercado de criptomoedas e nos tornar referência no assunto”, afirma Charys.

Meio fundamental

Decisões de investimento em rádio tanto de uma marca tradicional quanto de uma empresa com atuação mais segmentada indicam a relevância que o meio ainda possui. “A mídia rádio ainda é fundamental no planejamento das agências”, afirma Vanderlei Peretti, sócio da Decisão Propaganda e vice-presidente do Sinapro para o meio rádio. “Está sempre nos planos de mídia que desenvolvemos”, diz. “Às vezes tem rádio e outdoor; rádio e TV; rádio, TV e internet”, diz, destacando que o percentual de investimento direcionado depende de cada cliente. “Às vezes, 70% vai para rádio e o restante da verba para internet, por exemplo”.

Para Peretti, o anunciante precisa estar em todas as plataformas e o rádio se apresenta como um bom negócio por ter um custo-benefício melhor e trazer resultados mais rápidos. Isso acaba sendo um atrativo também para os pequenos anunciantes. “Além disso, é muito mais fácil produzir material para o rádio”, diz Peretti, destacando também a instantaneidade como uma das marcas que valorizam o meio. “Um supermercado com promoção com oferta de produtos já consegue colocar ao vivo no rádio, com intervenção direto do local ou não”, cita.

Na avaliação do VP do Sinapro, a forma com que o rádio vem utilizando as redes sociais, além de uma vantagem a mais para o anunciante, tem se revelado uma oportunidade tanto para as emissoras quanto para quem anuncia. “Hoje não temos mais essa divisão entre on e off e as emissoras conseguem estar presente no rádio e na rede social gerando engajamento e fazendo promoções com anunciantes”, diz. “Não reduziu o faturamento do rádio por causa da internet, pelo contrário, até cresceu, sem contar o alcance já que muitas pessoas ouvem pelo computador ou smartphone”.

Características e tendências

Além das vantagens citadas por Peretti, o localismo, uma das principais características do rádio em Santa Catarina, também ajuda a reforçar a importância do investimento no meio. Há cidades em que o rádio é a única mídia existente e isso, longe de ser um problema, torna-se uma oportunidade por ter uma penetração maior muito baseada na proximidade das emissoras com o público. “Nos grandes centros o rádio é importante para entreter e formar opinião, enquanto que no interior é o meio de contato diário das pessoas porque elas estão em locais onde o rádio penetra melhor que outros veículos”, diz o presidente da ACAERT e presidente-executivo do Grupo RIC, Marcello Petrelli.

Junto com essa marca regionalizada do meio, nos últimos o rádio em Santa Catarina também tem apresentado novidades. A principal é o processo de migração do AM para o FM, que representa um avanço em termos técnicos e amplia as oportunidades para os anunciantes também com a chegada de novas emissoras. É o caso da Grande Florianópolis que ganhou duas novas opções com a “transformação” das rádios AM Guararema e Record emMassa FM e Magia FM, respectivamente.

E mesmo que o rádio tenha aplicativos como o Spotify como concorrente (para quem ouve música ou consome informação de podcasts), as perspectivas para o meio são positivas em nível mundial, podendo superar a TV, inclusive. De acordo com um levantamento da Deloitte Global, empresa de auditoria e consultoria, a receita global de rádio chegará a US$ 40 bilhões em 2019, crescimento de 1% em comparação com a 2018.

A previsão também é que o alcance semanal em 2019 será de 85% da população adulta ouvindo rádio - quase 3 bilhões de pessoas no mundo todo – com média de 90 minutos por dia. Os dados globais batem com o apontado pelo estudo da Kantar Ibope Media para o Brasil (alcance de 86% da população em 13 regiões metropolitanas). E, diferente do que ocorre com outras plataformas da chamada mídia tradicional, a Deloitte aponta que o rádio continuará a apresentar um bom desempenho junto aos ouvintes mais jovem. Pronto para investir em rádio?

Este conteúdo é parte da série Mapa de Oportunidades, uma parceria do Portal Making Of com a ACAERT (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão).

 

Repórter: Conteúdo produzido por Alexandre Gonçalves, especial para o Portal Making Of

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