Telefonia: Como o desligamento do sinal analógico pode melhorar o sinal 4G

A série Agora é TV Digital, em parceria com Portal Making Of, traz diferentes abordagens sobre o desligamento da TV Analógica e as vantagens para os telespectadores

17/08/2018

Assim como na migração do AM para o FM, o desligamento do sinal analógico de TV também influencia na telefonia, no caso o sinal do 4G. Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou a liberação o uso da faixa de 700 mega-hertz (MHz) para a telefonia móvel nas capitais, incluindo Florianópolis, última a ser autorizada para utilizar essa fatia do espectro. “Com essa frequência, a transmissão de dados permitida antes de 15 Megabits por segundo (Mbps) vai poder ser de no mínimo 45 Mbps”, afirma Juarez Quadros, presidente da Anatel. “Então se está triplicando a capacidade de processamento de dados para o acesso a internet usando celular”, completa.

Conforme Anatel, “esta faixa de frequência, que era utilizada pelos canais de TV, agora permite a transmissão de banda larga móvel, com maior velocidade, chegando a uma transmissão até três vezes maior do que a atual”. A pedido do Portal Making Of, especialmente para a série Agora é TV Digital, em parceria com a ACAERT, a agência detalhou tecnicamente como o desligamento do sinal analógico pode melhorar o sinal 4G. Confira.

A influência do fim do sinal analógico no sinal de 4G

Em diversas cidades do Brasil, a faixa de 700 MHz era ocupada por canais dos serviços de radiodifusão sonora de sons e imagens (TV), tanto analógico quanto digital.

A medida que o desligamento da transmissão do sinal analógico de TV vai ocorrendo, está sendo possível remanejar os canais de TV Digital para fora da faixa de 700 MHz, liberando essas radiofrequências para que as Operadoras de Telefonia Móvel, vencedoras do processo licitatório da faixa, possam agregá-la ao seu rol de frequências de 4G.

Nesse sentido, juntando os 700 MHz com a já utilizada banda de 2,5 GHz, é possível às operadoras proporcionarem uma internet de banda larga móvel com taxas de transmissão muito superiores àquelas disponíveis quando se usa apenas a faixa atual (a de 2,5 GHz).

Tempo para conferir a mudança

Mas em quanto tempo após o desligamento do sinal analógico ocorre esse "ganho" no 4G? De acordo com a Anatel, e segundo determinação que consta em edital, após o encerramento da transmissão do sinal analógico de TV, a Entidade Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV – EAD tem até nove meses para realizar o remanejamento dos canais de TV da faixa de 700 MHz.

Finalizada esta etapa, explica a Anatel, começa um processo de mitigação preventiva nas localidades, que dura, em média, 30 dias. Durante o processo, a população é informada sobre o que fazer em caso de interferência do sinal da banda larga móvel na TV aberta digital.

Até o momento, 3.858 cidades em todo o Brasil foram autorizadas pelo Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (Gired) a iniciar a mitigação preventiva, sendo que desse total, 1.854 já finalizaram o processo e estão aptas a utilizar o licenciamento.

Encerrada a mitigação, a EAD comunica à Anatel para que dê prosseguimento à liberação do licenciamento para as operadoras móveis (o que acontece em poucos dias) e, assim, as empresas estão aptas a complementar sua rede de 4G com a faixa de 700 MHz. Ao final, a partir da entrada em operação da banda de 700 MHz para prestação de serviços 4G, o usuário pode realizar testes de velocidade e latência pelo aplicativo Banda Larga Brasil (disponível para iOS e para Android) ou pelo site www.brasilbandalarga.com.br.

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Acompanhe a série Agora é TV Digital no Portal Making Of.

Repórter: Conteúdo produzido por Alexandre Gonçalves, especial para o Portal Making Of

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