Brasil: número de smartphones se iguala ao de habitantes

Radiodifusor precisa acompanhar a audiência, investindo nas plataformas digitais, como sites, aplicativos e outras plataformas na internet

26/04/2017

Até outubro, a quantidade de smartphones alcançará o mesmo número de brasileiros: 208 milhões. Atualmente, há 198 milhões de aparelhos no Brasil, mas com o crescimento acelerado, chegará a 236 milhões em até dois anos, segundo estimativa publicada na 28ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP).

O número de smartphones já ultrapassa o de computadores, que hoje estão nas mãos de 80% da população (166 milhões de habitantes). O professor de TI Fernando Meirelles, responsável pelo estudo, afirma que existe um novo comportamento no uso de dispositivos, já que a venda de computadores tem caído nos últimos anos. Em 2016, o número de unidades vendidas encolheu 15% pelo terceiro ano consecutivo e a previsão é que a queda continue.

O novo perfil de consumo é um desafio para as empresas: “É um momento de ruptura. Será preciso entender como o uso – empresarial, pessoal e educacional – de celulares inteligentes se dará no futuro”, destaca Meirelles.

Quando o assunto é quantidade de telefones fixos e móveis, a pesquisa revelou que o Brasil continua acima da média mundial. Enquanto existem 138 telefones para cada 100 brasileiros, há 115 aparelhos para cada 100 habitantes no mundo.

Já o número de dispositivos móveis (notebook, tablet e smartphone) conectados à internet supera a população brasileira: 280 milhões (1,4 dispositivo portátil por pessoa).

Para o diretor-geral da ABERT, Luis Roberto Antonik, o aumento do número de smartphones e tablets é um desafio para o radiodifusor.

“Uma pesquisa recente da ABERT mostrou que o aumento da compra de smartphones está transferindo a audiência do receptor de rádio nos celulares para o streaming. Por isso, o radiodifusor precisa acompanhar a audiência, investindo nas plataformas digitais, como sites, aplicativos e outras plataformas na internet”, afirma Antonik.

Repórter: Tainá Farfan - ABERT

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