A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) lançou em 18 de agosto de 2016 relatório sobre liberdade de imprensa durante o biênio de 2014 e 2016.
05/09/2016O documento registra casos de assassinatos, prisões, agressões, censuras judiciais, atentados, ameaças, intimidações e insultos contra jornalistas que aconteceram entre agosto de 2014 e agosto de 2016.
Nesse período, a ANJ registrou redução do número total de atentados à liberdade de imprensa. Mas esses dados devem ser encarados com cautela, segundo a associação. “A redução mencionada corresponde, sobretudo, à diminuição dos atos de violência praticados contra profissionais de imprensa no contexto de manifestações públicas, que ocorreram em grande número nos anos de 2013 e 2014, tendo recrudescido em 2016,” declara o documento.
Ainda segundo o relatório, o número de homicídios com motivações vinculadas à atividade jornalística aumentou nesse período. Casos de censura judicial tiveram redução, mas, segundo a ANJ, esse “cerceamento à liberdade de expressão tende a ocorrer com mais frequência durante os períodos eleitorais, em particular, municipais”.
O documento destaca o assédio judicial sofrido pelo jornal Gazeta do Povo, que passou por ações judiciais após a publicação de reportagens sobre salários de juízes. O jornal e os profissionais envolvidos na produção das reportagens ganharam da associação o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2016.
O relatório também faz recapitulação dos casos de assassinato (9 casos), prisões (15 casos), agressões (96 casos), censuras judiciais (9 casos), atentados (14 casos), intimidações e insultos (16 casos) e ameaças (27 casos) que aconteceram no biênio.
O documento é produzido com periodicidade, marcando a troca de diretorias da Associação. Os relatórios dos anos anteriores podem ser encontrados no site da ANJ.
*Texto publicado originalmente no site da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Repórter: Abraji