Movimento SC pela educação envolve todos os setores econômicos

Iniciativa conta agora com a participação das federações e serviços de aprendizagem e social da indústria, comércio, agricultura, transportes e apoio da ACAERT

01/04/2016

Presidentes da FIESC, Glauco José Côrte (e), e da Fetransesc, Pedro Lopes, assinam termo de adesão. Foto Heraldo Carnieri

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Florianópolis, 31.3.2016 – A iniciativa da FIESC para promover a qualidade da educação no Estado e no País passou, nesta quinta-feira (31), a ser denominada Santa Catarina pela Educação. A mudança de nome reflete a maior abrangência do Movimento, com a adesão de outros setores econômicos (comércio, agricultura e transportes), além do envolvimento dos trabalhadores e do setor público. O ato, na opinião do presidente da FIESC, “é marcante para o crescimento e desenvolvimento da iniciativa porque agrega milhares de trabalhadores, empresários e líderes empresariais”.

Côrte lembra que a partir de suas iniciativas, entre elas as câmaras regionais, o projeto “Eu Voluntário” e os jovens embaixadores, o Movimento já envolve mais de duas mil pessoas. Além disso, são mais de duas mil adesões de indústrias, que empregam 345 mil trabalhadores – ou 38% dos empregos do setor. Para ele, estes números tendem a crescer, pois, a adesão de outras federações “consolida e dá condições de o Movimento se expandir em Santa Catarina e, quem sabe, para outros Estados”. 

O presidente da Federação das Indústrias destacou que, com a adesão do comércio, agricultura e transportes, o Sistema S (os serviços de aprendizagem e social de cada federação) está integrado ao Movimento. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio, com o SENAC e o SESC) aderiu ao Movimento em dezembro passado; a Federação da Agricultura (com SENAR), no último dia 18 de março, e a Fetrancesc (com o SEST e SENAT), efetivou sua adesão na reunião desta quinta-feira.

“Santa Catarina está sendo uma referência ao Brasil”, afirmou o presidente da Fetranscesc, Pedro Lopes, referindo-se à união das diversas entidades empresariais em favor da causa. O diretor regional do SENAC, Rudiney Raulino, informou que, no âmbito da Fecomércio, estão em andamento ações para ampliar a escolaridade e a qualificação dos empresários do comércio, o que, conforme analisa, contribuirá para estimular investimentos na formação dos comerciários.

Presidente da ACAERT, Rubens Olbrisch, prestigiou o lançamento dessa nova fase do Movimento SC pela Educação, na foto, com o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.

Ensino Médio e Educação Profissional

O secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, relatou discussões no Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), do qual é presidente, sobre propostas para mudanças no ensino médio, com ênfase para a educação profissional. Segundo ele, o ensino médio brasileiro é todo voltado para a preparação ao vestibular e ao ensino superior. No entanto, apenas cerca de 20% dos estudantes dessa fase educacional efetivamente acabam cursando uma faculdade. O diretor técnico do SENAI Nacional, Gustavo Leal, destacou a importância dessa mudança, que ampliaria a formação técnica dos jovens brasileiros.

Profissionalização da gestão

O consultor do Movimento SC pela Educação e diretor do Instituto Ayrton Senna Mozart Neves Ramos voltou a defender a formação e a profissionalização dos gestores de escolas. “A qualidade da gestão pode ser um diferencial para vencer os momentos de dificuldade. Defendo que todo gestor público deveria ter uma certificação para o exercício de sua função.”, disse. Ele salientou que a gestão escolar hoje é muito mais complexa do que em outras épocas. “Vivemos um ambiente novo da informação, das tecnologias e das descontinuidades tecnológicas. O mundo mudou e a gestão escolar cada vez mais tem que ser profissional”, observou. Para ele, “não adianta ter um bom professor, se não houver qualidade de gestão”.

Amin Aur, também consultor do Movimento, lembrou o preceito constitucional de que a gestão das escolas públicas seja democrática. Segundo ele, devem ser estabelecidos mecanismos que permitam a participação da comunidade nas discussões dos planos pedagógicos, avaliação dos gestores e docentes, orientação e fiscalização da aplicação de recursos. Ele salientou que estas questões estarão previstas no guia de diretrizes operacionais que está preparando e será lançado este ano pelo Movimento Santa Catarina Pela Educação, como instrumento de apoio aos diretores de escolas. Eduardo Deschamps ainda explicou o modelo de seleção de diretores das escolas estaduais catarinenses. A escolha é feita com a participação da comunidade, que, segundo ele, não vota em um candidato, mas seleciona a proposta de gestão apresentada. “Ainda se confunde muito fortemente gestão democrática com eleição do diretor”, afirmou o secretário.

Repórter: Assessoria de Imprensa ACAERT e FIESC

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