Rádio cumpre seu papel e presta 49h de serviço à comunidade

Super Difusora AM e Amanda FM transmitem apenas informação sobre enchente durante período crítico

29/10/2015

O rio Itajaí-açu subindo entre 20 e 30 cm por hora, cidades com vários pontos de alagamento, pessoas com medo e mais chuva. Era este o cenário na tarde do dia 21 de outubro de 2015, quando as rádios Super Difusora 620 AM e Amanda 101,5 FM de Rio do Sul (SC), entraram no ar em rede para prestar serviço à comunidade. O que só terminou 49 horas depois. Em outra oportunidade, na enchente de 2011, quando o rio alcançou o pico máximo de 12,96m, foram 155 horas ininterruptas no ar a serviço das pessoas.

Sem intervalos comerciais ou músicas, todos os profissionais das duas rádios se mobilizaram para trazer detalhes do que estava acontecendo: era mais uma enchente que atingia Rio do Sul, Taió, Rio do Oeste e Laurentino de forma mais severa, além de diversas outras cidades do Alto Vale do Itajaí. Em Rio do Sul, onde fica a sede das duas emissoras, o nível do rio atingiu o ponto máximo de 10,71m no dia 23, às 5h. Os primeiros pontos da cidade ficam alagados com 6,50m.

Segundo dados da Defesa Civil municipal, eram mais 20 mil desabrigados e desalojados, que se dividiam entre abrigos abertos pela Prefeitura e casas de vizinhos, parentes e amigos. Hoje, dia 29 de outubro, mais de 800 pessoas ainda estão em abrigos.

Com o nível dos rios da região subindo, vários acessos foram interrompidos. Pessoas que saíram de casa pela manhã em Aurora e Ituporanga, por exemplo, ficaram trancados em Rio do Sul por não haver passagem pela SC-350, que estava com pouco mais de dois metros de água sobre a pista. Com a bateria do celular acabando ou sem sinal, familiares não conseguiam se comunicar. Nestes e em vários outros momentos, era à Rádio que essas pessoas recorriam. “Buscamos a real função de uma rádio”, comentou o diretor operacional das rádios Super Difusora AM e Amanda FM, Humberto Ohf de Andrade.

Parte da equipe das rádios Amanda FM e Super Difusora AM após 49h de transmissão ininterrupta. 

“Ficamos no ar durante as madrugadas, inclusive. Enviamos repórteres para as cidades mais atingidas para mostrar com clareza a realidade. Não podíamos parar nem uma hora de prestar serviço àquelas pessoas que nos procuravam pedindo alimento, roupas, um abrigo, um socorro para sair da casa que o rio estava invadindo”, salientou.  

Campanha em prol do otimismo

Com o objetivo de despertar o otimismo do povo do Alto Vale do Itajaí, as rádios Super Difusora AM e Amanda FM, promoveram a campanha “Sou muito mais Alto Vale. Vou reconstruir”. Pessoas que foram atingidas pela enchente e, que permanecem em abrigos por quase um mês, gravaram mensagens de apoio e otimismo.

“Temos que ser unidos neste momento. A gente sabe que Rio do Sul é um lugar que mais dá enchente nessa época do ano. Temos que ter a consciência e sempre ficar prevenido”, alertou dona Maria de Fátima Isidoro Damiere, que já passou por 15 enchentes.   

Equipe das rádios Amanda FM e Super Difusora AM

Créditos Fotográficos:

Foto 1: Sergio Alexandre Medeiros

Foto 2 e 3: Humberto Ohf de Andrade

Repórter: Assessoria de Imprensa Amanda FM e Super Difusora AM

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