Investimento em telecom "é desafio" para infraestrutura, afirma Berzoini

Ministro defendeu a atualização do marco regulatório do setor para democratizar acesso à informação

01/09/2015

"De todos os desafios que nós temos no plano governamental de infraestrutura, talvez o mais crucial seja do setor de telecomunicações". A declaração foi feita pelo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, durante a solenidade de abertura do 59º Painel TeleBrasil, nesta segunda-feira (31).

"Nós vamos trabalhar incansavelmente para que o setor tenha ampliação da competitividade, do investimento, a geração de mais empregos e, principalmente, o alinhamento do Brasil com os melhores padrões tecnológicos internacionais", disse.

Berzoini ainda mencionou o atual momento econômico, enfatizando que é preciso enfrentá-lo com a capacidade de enxergar o futuro. "Várias operadoras importantes já anunciaram seus planos de investimentos, não se deixando abater por crises circunstanciais e momentâneas", disse.

Novo marco regulatório

O ministro defendeu a atualização da regulamentação do setor de telecomunicações, destacando a necessidade de se projetar a evolução tecnológica para os próximos 50 anos. "O que foi privatizado em 97, que é o serviço de voz, basicamente, perde valor e importância neste cenário", avaliou o ministro, mencionando a revolução ocorrida "nos últimos cinco, dez anos, em termos de relação entre o ser humano, cidadão, consumidor, contribuinte e o conceito de o que é a telecomunicação".

Segundo Berzoini, o novo marco regulatório deve ser um elemento de democratização de oportunidades e de condição de acesso a informações fundamentais. "Ao mesmo tempo, o estado tem que tentar um mecanismo de indução de investimento capaz de fazer com que o setor privado veja nisso um elemento de grande futuro e algo que possa efetivamente ser gerador de emprego, de tributos, gerador de infraestrutura para o Brasil", explicou.

Para o ministro, o setor de telecomunicações é um dos mais estratégicos para a economia mundial. "Se erros forem cometidos nas atividades regulatória e empresarial, o Brasil e os brasileiros podem perder oportunidades extraordinárias nos próximos anos". Por isso, o Ministério das Comunicações, afirmou Berzoini, deve ser "um vetor de desenvolvimento e interação entre o interesse público fundamental e os interesses legítimos do setor privado".

Repórter: Minicom

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