Desconhecimento dos valores da migração e novo ministro ampliam a expectativa do setor

Entre janeiro e fevereiro o meio deverá acompanhar os processos de consulta pública em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

09/01/2015

O meio radiofônico terá um ano muito movimentado em 2015, principalmente em relação à migração das rádios AMs para a faixa FM. Porém o início do novo ano será parecido com os últimos meses de 2014: desconhecimento por parte do setor em relação aos valores da migração para as estações e consultas públicas para viabilização dos canais em FM que receberão as AMs. A expectativa é de que a consulta avance pelo sul do país (tendo Santa Catarina como próxima etapa) e chegue a São Paulo entre março e abril, sendo o estado de característica técnica mais complexa devido a ocupação atual do dial FM. A migração visa melhorar a qualidade operacional das AMs, tornando elas mais competitivas e acessíveis.
 
A questão que mais incomoda o setor nesse início de 2015 são os valores das novas outorgas, ou seja, o custo que a rádio AM migrante terá que arcar para poder adquirir a estação em FM. Os valores estão no TCU (Tribunal de Contas da União) e falta a aprovação do órgão para que ele seja repassado às estações. Porém o modelo já é conhecido e foi abordado nas convenções realizadas pela entidade do setor: o pagamento deverá ser feito através de um boleto bancário, sem prorrogação de prazo e também divisão do valor. Esses dados serão enviados às emissoras migrantes, além do questionamento se desejam aceitar o processo ou permanecer como rádio AM (saiba mais). O desconhecimento dos valores incomoda e gera apreensão do setor, que não vê a situação com bons olhos.
 
Outro ponto de destaque é a possibilidade da maioria das emissoras migrantes ficarem sem espaço no dial FM convencional (faixa que vai de 88 a 107.9 MHz) devido o congestionamento desse espectro nas regiões mais populosas do país. Segundo um levantamento prévio divulgado recentemente pela EMC, cerca de 60% do processo de migração em São Paulo deverá utilizar o chamado FM estendido (faixa que vai de 76 a 87 MHz), situação que ficou ainda mais clara após a consulta pública realizada em dezembro no Paraná, onde as regiões mais populosas do estado não tiveram espaços para as migrantes no dial FM convencional (saiba mais). A operação em FM estendido é realizada em formato de teste na capital paulista, através da Jovem Pan AM 620 que é repetida em 84.7 FM.
 
Entre janeiro e fevereiro o meio deverá acompanhar os processos de consulta pública em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, partindo depois para a região mais populosa do país: o Sudeste. Também fica a expectativa do andamento do processo perante a mudança no Ministério das Comunicações, agora com Ricardo Berzoini na pasta (antes a pauta era comandada por Paulo Bernardo - saiba mais)
 
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Repórter: Tudo Rádio.com

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