Migração das AMs atinge 37% dos canais optantes

Em estágio adiantado, estão sendo estudados os últimos oito estados, entre eles, Santa Catarina.

09/12/2014

Um levantamento feito pela EMC Engenharia mostra que 37,01% das emissoras AMs que optaram pela migração já contam com seus canais previstos no Plano Básico de FM da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A divulgação da Consulta Pública nº 43, que inclui o estado do Espírito Santo, faz o processo de migração avançar para o Sudeste do país. Sendo que o Norte e o Nordeste já contam com o trâmite mais avançado.

Segundo o levantamento feito por Eduardo Cappia, diretor da EMC Engenharia, conforme o processo avança para o sul do país, as dificuldades começam a aparecer. Isso é devido ao grande número de concessões nestas regiões, principalmente no estado de São Paulo. Em várias regiões, como a Grande São Paulo, as rádios deverão migrar para uma faixa estendida, sendo os canais 5 e 6. A Aesp e a Jovem Pan AM 620 de São Paulo já estão fazendo testes em uma frequência correspondente ao canal 6, pela Jovem Pan FM 84.7.

Os canais 239 (FM 95.7) - Classe A2; 242 (FM 96.3) - Classe A4 e 266 (FM 101.1) - Classe A1, previstos para Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, por exemplo, deverão ser todos instalados no mesmo ponto como proposto, que é a região central da cidade com altitude de base cerca de 40 metros. “Conhecendo Cachoeiro com um relevo médio muito acima dos 40 metros do ponto é de se supor a implantação de uma torre única de mais de 100 metros no ponto sugerido, ainda com o alto custo para o enquadramento na classe A1, como o do canal 266/A1. Isso pode resultar na possibilidade de redução das classes propostas visando a possibilidade de enquadramento, ou mesmo a escolha de outro local pré-fixado com melhor topografia”, ressaltou o engenheiro Eduardo Cappia, diretor da EMC Engenharia.

Apesar disso, uma grande preocupação toma conta dos radiodifusores. A expectativa de definição de preço das concessões que seria divulgado no final de outubro até agora não se concretizou. “O preço da migração, ou seja, a diferença entre o preço da outorga AM e FM, é fator fundamental de decisão de adaptar a outorga, pois como se sabe, além do custo de adaptação o empresário de rádio deverá investir em sistemas e equipamentos. Essa situação tem gerado angústia entre os radiodifusores”, afirma Luis Roberto Antonik, diretor geral da Abert.

Em estágio adiantado, estão sendo estudados os últimos oito estados (RS, SC, PR, SP, RJ e MG) e o Distrito Federal. A conclusão está prevista para abril de 2015, mas tudo depende da definição dos valores pela adaptação da outorga. Segundo o Minicom, o critério de preços está definido, mas depende de aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Repórter: Tudo Rádio.com

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