Segunda onda do 5G: tendências para 2024

Avanço do 5G Advanced, internet-of-things (IoT) de baixo custo e inteligência artificial generativa serão impulsos para o crescimento das teles, indica relatório da GSMApróximo passo da quinta geração de rede móvel

28/02/2024


 
O 5G corresponderá à metade das conexões móveis globais até 2030. Essa é a previsão apresentada pelo Global Mobile Trends 2024, report apresentado pela GSMA Intelligence no Mobile World Congress (MWC), nesta quarta-feira, 28. A América do Norte, Leste Asiático e os mercados do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) – ou seja, Arábia Saudita, Bahrein, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã – lideram a implantação da rede.

Segundo o estudo, esses locais “continuam a definir o ritmo” do 5G, “com as operadoras estabelecendo a base para o que vem a seguir, incluindo 5G Advanced e 6G”. Por outro lado, os mercados europeus, no geral, têm demorado o processo de aceleração da tecnologia, apesar do aumento de tração em 2023. “Expansão de cobertura e de dispositivos 5G, tornando o assunto mainstream, ajudará nisso”, analisou o relatório da GSMA Intelligence.

Os grandes mercados da Ásia-Pacífico, conforme os dados, ainda não lançaram o 5G em escala. No entanto, a implementação significativa na Índia ajudará a impulsionar a região, uma vez que “as operadoras podem se beneficiar da melhoria da economia unitária”. Já os mercados menores, como Vietnã, Tailândia e Filipinas, só deverão ver aumento de tração a partir de 2025.

A América Latina, por sua vez, está esperando o desenrolar do tema em outras partes do mundo para definir a própria abordagem. Porém, Brasil e México já registram crescimento na cobertura e conexões. A maior defasagem, pontuou a GSMA, continuará na África, devido às dificuldades econômicas relacionadas a redes e dispositivos. “A exceção é a África do Sul, que viu a tração inicial.”

 5G e tendências

Dentre as tendências, o report apontou o multicast, conceito de multitransmissão via celular existente desde o 3G, mas até então sem concretização. O método – considerado a melhor tecnologia do 5G Advanced em 2023 – já é um case neste ano, sendo uma prioridade para 52% dos operadores. A perspectiva é a de que o multicast possa ajudá-los a dobrarem os serviços de streaming e gerar receitas.

Além disso, a internet-of-things (IoT) de baixo custo é apontada como “um valor fundamental do 5G” e priorizada para 23% dos operadores. Mesmo não fazendo parte do planejamento inicial da quinta geração de rede móvel, os serviços conversam com a transmissão eficiente de dados, interesse do segmento business-to-business (B2B).

De modo geral, para as teles, o principal ganho com a nova fase do 5G diz respeito à “tecnologia vinculada a serviços”. Em outras palavras, ainda que a maior parte do uso esteja centrada na inovação, o 5G Advanced também está vinculado a resultados comerciais mais específicos, como suporte ao metaverso, devices conectados, entrega eficiente de mídia etc.

A respeito da monetização, um tema comum entre as prioridades é o suporte B2B. Conforme o estudo, edge, fatiamento de rede e segurança foram identificados como essenciais para atender as necessidades das empresas, ajudando a justificar o retorno sobre o investimento (ROI) da implementação para um conjunto mais amplo de utilidades e aplicações empresariais.

IA generativa

A análise das teles é que a ampla gama de habilidades da inteligência artificial generativa, até o momento, tem sido fundamental para sua rápida aceitação e exploração de valor. Dessa forma, a escalabilidade causa efeitos de rede, o que impulsiona ainda mais a criação de aplicações.

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Nesse sentido, os esforços das operadoras para aproveitar a IA generativa em 2023 promoverá o desenvolvimento da tecnologia no decorrer deste ano. A proliferação de ferramentas causada principalmente pelo ChatGPT, no modelo OpenAI, representa também uma oportunidade para as companhias, o que se acelerará em 2024, segundo o report.

As oportunidades, obviamente, dependerão das habilidades de desenvolvimento. Por isso, as parcerias são fundamentais, tendo em vista que poucas empresas mantêm o conhecimento especializado para explorar tais recursos. “As operadoras precisarão equilibrar o esforço interno com o esforço de terceiros”, analisou.

Repórter: Meio & Mensagem

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