Liberdade de imprensa no Brasil melhora, mas continua preocupante

Apesar de ter melhorado uma posição em relação ao ano passado, o Brasil continua sendo um dos países mais violentos da América Latina para a prática do jornalismo

22/08/2017

A ONG internacional Repórteres Sem Fronteiras publicou o “Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2017” e, dos 180 países que fazem parte da pesquisa, o Brasil ficou em 103º lugar.

Apesar de ter melhorado uma posição em relação ao ano passado, quando ficou em 104º, o Brasil continua sendo um dos países mais violentos da América Latina para a prática do jornalismo.

O estudo afirma, ainda, que o ambiente de trabalho da imprensa no país se torna cada vez mais instável com a “ausência de um mecanismo nacional de proteção para os repórteres em situação de risco, o clima de impunidade - alimentado por uma corrupção onipresente - e a forte instabilidade política, ilustrada pela destituição da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016”.

Para criar o ranking, a ONG calcula a liberdade de imprensa em uma escala de 0 a 100. Quanto menor o número, mais livres são os veículos de comunicação. Este ano, o Brasil ficou com pontuação de 33,58, atrás de países como Nepal, Togo e Serra Leoa.

Os países que lideram o ranking, sendo as nações que mais respeitam a liberdade de imprensa, são Noruega, em primeiro lugar, seguida pela Suécia e, em terceiro lugar, Dinamarca.  

Na América do Sul, o Uruguai é o país com melhor colocação, em 25º, e a Venezuela com o pior lugar, em 137º. Na última posição mundial está a Coreia do Norte.   

Relatório Liberdade de Imprensa da ABERT 

O Relatório da ABERT sobre violações à liberdade de imprensa compila, anualmente, os casos de violência contra jornalistas e profissionais de comunicação no Brasil.

Até agora, em 2017, cerca de 50 profissionais da imprensa sofreram algum tipo de violação à liberdade de imprensa. Entre alguns casos, 17 jornalistas foram agredidos, 5 foram roubados ou furtados enquanto trabalhavam e 5 foram detidos.

Em 2016, o Relatório da ABERT registrou 172 casos de agressões, atentados, ataques, ameaças e intimidações, número 62% maior do que em 2015. Pelo menos 261 profissionais e veículos de comunicação sofreram algum tipo de violência não-letal.

 
 

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