Pesquisa do Ibope mostra que maior audiência da Voz do Brasil está nas grandes cidades

Ao contrário do que os defensores do programa argumentam, flexibilização não prejudicaria as populações menos favorecidas

26/11/2014

Uma pesquisa do Instituto Ibope realizada em julho de 2013 e divulgada este mês mostra que o programa A Voz do Brasil tem maior audiência nas grandes cidades, ao contrário do que os defensores do programa argumentam. A Grande São Paulo é a região onde mais se ouve o programa, seguido de Porto Alegre e Belo Horizonte. 
 
A Grande São Paulo lidera o ranking com 9,4% dos ouvintes. Em seguida aparecem Porto Alegre com 9% e Belo Horizonte com 7,9%. Os dados contradizem os discursos pela manutenção do programa às 19 horas. Segundo os defensores da transmissão no horário atual, a flexibilização do programa prejudicaria as populações menos favorecidas, agricultores que dormem cedo e cidades mais distantes dos grandes centros.
 
A Abert defende a flexibilização do horário da Voz do Brasil em três horas, para que o programa atenda melhor às necessidades dos ouvintes em cada região do Brasil. Para o diretor geral da Abert, Luís Roberto Antonik, a flexibilização “respeitaria as realidades locais e regionais, dando a cada emissora a autonomia de se fazer ouvir e obter êxito na transmissão de sua programação consequentemente dando mais oportunidade às pessoas ouvirem a Voz do Brasil”.
 
Desde 2003 tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 595/2003 da deputada Perpétua Almeida (PCdoB/AC) que mantém a obrigatoriedade de transmissão, mas flexibiliza entre 19h e 22h o horário para ser veiculado o programa. Foram feitos vários requerimentos para a inclusão do projeto na pauta de votação, porém, não foram apreciados.
 
As rádios experimentaram um período de flexibilização durante a Copa do Mundo, entre junho e julho deste ano. A Medida Provisória sancionada pela presidente Dilma Rousseff permitiu que as rádios iniciassem a transmissão do programa até às 21 horas. Radiodifusores pressionaram o Congresso Nacional para que transformasse a MP em lei, porém, a medida não foi votada e a medida perdeu a eficácia. 
 
 

Repórter: Carlos Massaro com informações da ABERT

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