Manchetes dos Jornais e Clipping - 07/10/13 - Segunda-feira

07/10/2013

Diário Catarinense 
"Alguns presos terão de ser liberados"

A Notícia 
Beira-Rio muda para ter corredor de BRT

Jornal de Santa Catarina 
Tapete Negro começa um novo capítulo hoje 

Folha de São Paulo
 Acordo de Marina e Campos esquenta disputa por alianças

O Estado de São Paulo
 Planalto revê estratégia para enfrentar Campos-Marina

O Globo
Eleições 2014 – Decisão de Marina eleva a pressão sobre Dilma

Correio Braziliense
 Uma nova ordem eleitoral

Valor Econômico
 Dilma agirá para abrandar a desconfiança de empresários

Zero Hora
Marina organiza e embaralha sucessão

(Folha de São Paulo)
PT e PSDB buscam aliados contra Marina e Campos
A aliança da ex-senadora Marina Silva com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), acirrou a disputa entre petistas e tucanos por aliados para a eleição presidencial do próximo ano. Por recomendação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal estrategista da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, o Palácio do Planalto vai intensificar negociações para manter o PDT e o PP a seu lado e tirar o recém-criado Solidariedade da órbita tucana. Dilma planeja usar a reforma ministerial prevista para o fim deste ano para amarrar suas alianças tanto no plano federal como nos Estados. Do lado do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) vai buscar o apoio do PPS, que tentou sem sucesso atrair o ex-governador tucano José Serra e Marina para lançá-los como candidatos à Presidência. Sem candidato a presidente, a avaliação é que a aliança natural do PPS é com o PSDB, já que a legenda tem vários parlamentares que se elegeram em coligações com os tucanos em seus Estados. "Se analisar o cenário de hoje, só tem ele [Aécio] e o Eduardo Campos", diz o presidente do partido, o deputado federal Roberto Freire (SP). O apoio desses partidos é disputado por causa do tempo a que eles têm direito na propaganda eleitoral na TV. Em conversas reservadas, Aécio disse confiar que, apesar da estratégia do Palácio do Planalto de atrair o apoio de deputados do Solidariedade, a cúpula da nova sigla está fechada com seu projeto. Seu criador, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força Sindical, tem o controle do partido, chamou Dilma de "inimiga" na semana passada e já garantiu seu apoio a Aécio. O PP será disputado pelo governo Dilma e pelo PSDB. Os articuladores políticos do governo têm conversado com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente da sigla, para garantir seu apoio a Dilma. O partido, liderado pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que é tio de Aécio Neves, ficou neutro na campanha de 2010, mas hoje controla o Ministério das Cidades. A equipe de Dilma acredita que o apoio do PDT está garantido, especialmente depois que a presidente decidiu manter no cargo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, apesar de suspeitas de irregularidades na sua pasta. Ontem, um dia depois do anúncio da aliança de Campos com Marina, assessores de Dilma avaliavam que suas chances de decidir a eleição no primeiro turno cresceram, já que dois possíveis candidatos se tornaram apenas um. Além disso, a equipe da presidente tem dúvidas sobre a capacidade que Marina terá de transferir seu eleitorado para Campos e acha possível até que parte dos seus votos migre para o campo petista. De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, concluída no início de agosto, Dilma tinha 35% das intenções de voto. Marina aparecia com 26%, Aécio estava com 13% e Eduardo Campos com 8%, em quarto lugar. Os petistas querem reduzir ao máximo possível as traições nos Estados de seus aliados no plano nacional. Eles vão trabalhar para evitar a repetição do que ocorrerá na Bahia, onde o peemedebista Geddel Vieira Lima, mesmo com cargo no governo federal, tende a apoiar um nome da oposição na campanha. Em dezembro, a presidente vai trocar boa parte de sua equipe porque vários ministros vão disputar as eleições em 2014. Entre eles estão os petistas Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, que concorrerá ao governo do Paraná, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que será candidato ao governo de Minas Gerais.

Políticos indicam 1 em cada 5 diretores de escolas públicas
Um em cada cinco diretores de escolas públicas no país é alçado ao cargo por políticos, segundo levantamento da Folha a partir de dados de um sistema de avaliação do Ministério da Educação. A proporção equivale a 21,8% do total: de 56.911 diretores das redes estaduais e municipais, 12.413 foram definidos por indicação política, prática condenada por especialistas em educação. Os dados integram questionário respondido pelos próprios diretores no mais recente Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), de 2011. A proporção é ainda maior se considerada só a rede municipal --na qual um terço assumiu por interferência de vereadores, deputados, prefeitos e partidos, por exemplo. O maior índice desse tipo de indicação foi registrado em Santa Catarina, com 62,8%. Já no Estado de São Paulo as indicações políticas se limitam a 5,2%, conforme as respostas dos diretores. E elas são concentradas nas escolas municipais do interior, já que há exigência de concurso para essa função nas estaduais há mais de uma década. O número de indicações políticas pelo país pode ser ainda maior, diz Ângelo Ricardo de Souza, da Universidade Federal do Paraná, já que outras indicações definidas pelos diretores como "técnicas" podem ter esse componente. Os dados do Saeb mostram ainda que 46,9% dos diretores vêm de alguma forma de indicação --escolhidos pela prefeitura ou pelo Estado, incluindo tanto indicações políticas como técnica e outras. E apenas 43,6% chegam aos cargos por seleção ou por eleição. O restante é escolhido de outras formas. A indicação política afeta a rotina das escolas, segundo associações de professores de seis Estados ouvidas pela reportagem. Os relatos citam escolas divididas por partidos, perseguições políticas, dificuldade para aprovar pedidos e falta de integração com a comunidade. No Amapá, onde 45,7% dos diretores vêm de indicações políticas, a diretora Maria das Dores da Silva, 40, da escola estadual Castelo Branco, de Macapá, chegou a ser exonerada por discordar de políticos que tentavam interferir na gestão. "Um deles dizia: Essa escola é minha!", relata Maria das Dores, que só voltou ao cargo após protestos de alunos e professores. A Secretaria da Educação do Amapá reconhece que as indicações são feitas "pelo governador e por partidos aliados", mas diz que pretende testar um projeto de eleição para diretores em 2014. Em Santa Catarina, há desentendimentos entre diretores indicados e docentes que se estendem por anos, como no Instituto Estadual de Educação, de Florianópolis, a maior escola pública do Estado, com 5.000 alunos. Indicado por políticos em 2007, Vendelin Burguezon foi alvo de protestos por semanas e até hoje enfrenta resistências. "Fui convidado, sim, mas não tenho partido político", afirma o diretor. O presidente da Associação de Pais e Professores do instituto, Elvis de Souza, diz que a chegada de Burguezon foi um "balde de água fria" porque contraria o ideal de eleição, mas afirma que o diretor "tem se esforçado". O governo Raimundo Colombo (PSD) diz que, a partir de 2015, selecionará candidatos em processo semelhante aos concursos públicos.

Canadá espionou pasta de Energia do Brasil, diz documento
A Agência Canadense de Segurança em Comunicação (CSEC, em inglês) teria espionado telefonemas e emails do Ministério de Minas e Energia (MME) brasileiro, segundo documento revelado pelo programa "Fantástico" ontem. A reportagem cita uma apresentação sobre uma ferramenta da CSEC feita durante encontro de analistas de espionagem de cinco países (EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia) em junho de 2012. O caso do MME foi usado como exemplo da aplicação da ferramenta. O documento foi obtido pelo ex-técnico da americana NSA (Agência de Segurança Nacional) Edward Snowden, que revelou um amplo esquema de espionagem dos EUA neste ano. Snowden esteve na reunião de 2012 e entregou os papéis ao jornalista americano Glenn Greenwald. Segundo a apresentação, o programa "Olympia" foi usado pela agência para mapear telefonemas e emails. Aparentemente, a CSEC só teve acesso aos "metadados" --registros como destinatário, remetente, datas e horários. Segundo o "Fantástico", porém, os canadenses conseguiram identificar até marcas e modelos de aparelhos usados. Foram rastreadas ligações do MME com a Olade (Organização Latino-americana de Energia), com sede no Equador, e trocas de emails entre computadores do ministério e de países do Oriente Médio, da África do Sul e do Canadá. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a ação merece repúdio e reconheceu que o Canadá tem "interesse no Brasil, sobretudo nesse setor mineral". "Se daí vai o interesse em espionagem pra servir empresarialmente a determinados grupos, eu não posso dizer." Uma das preocupações é a comunicação do MME com a Agência Nacional do Petróleo, responsável pelos leilões para exploração no país. Um dos celulares monitorados foi o do subsecretário para África e Oriente Médio do Itamaraty, Paulo Cordeiro, que foi embaixador no Canadá entre 2008 e 2010. No período em que teria sido monitorado, contudo, ele já estava no Brasil. O embaixador é um dos principais interlocutores entre empresas brasileiras ligadas ao setor de energia, como Vale e Petrobras, e governos africanos. "Há sempre uma probabilidade de que você esteja sendo escutado. Você toma precauções, mas fica surpreso quando vê que caiu naquilo", disse Cordeiro à Folha. "Mas quando são conversas mais sérias, trabalhamos com telegramas cifrados."

(Diário Catarinense)
LIBERDADE PARA EVITAR COLAPSO
Juízes e promotores farão triagem dos processos da execução penal nos próximos meses para evitar novo colapso no sistema prisional catarinense. Não bastasse a média de 17 novos presos ao dia registrada neste ano, vem aí a temporada de verão, em que historicamente aumenta o número de prisões no Estado. A seleção dos presos funciona como uma espécie de UTI: a prioridade é manter fechado os que cometeram crimes mais graves, os hediondos e que praticaram extrema violência. Outra parcela, de delitos de menor potencial, terá de ser liberada. As razões para essa medida – considerada dentro da legalidade –, mas executada por estado de necessidade, são antigos problemas enfrentados pelos governos estaduais: a superlotação e a dificuldade para construir novas prisões. A massa carcerária está chegando aos 18 mil detentos em Santa Catarina e a perspectiva é passar esse número logo, diz o juiz corregedor do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Alexandre Takaschima.  O magistrado afirma que relatórios de inspeção em unidades prisionais indicam que a deficiência principal está na falta de vagas para presos definitivos, ou seja, aqueles com condenação e que deveriam estar em penitenciárias. Há pelo menos nove meses o governo não consegue começar a obra da Penitenciária de Imaruí, no Sul do Estado, que tem garantidos R$ 57 milhões e abriria 1,3 mil vagas – a prefeitura daquele município rejeita a prisão. O governador Raimundo Colombo disse ao Diário Catarinense na segunda-feira passada que está cuidando pessoalmente do assunto e que dará rápida solução ao impasse, que poderá ser o anúncio da obra em outra cidade. Até lá, a bomba está mais uma vez com o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Lima, que tem a tarefa de arrumar vagas à polícia e evitar o mais indesejável: ver criminosos sendo soltos por não ter onde abrigá-los. – Sabemos que historicamente aumenta em 30% o número de prisões no Estado no verão. Faremos a central de triagem (Grande Florianópolis) em emergência e estamos acelerando a execução penal. Hoje as delegacias estão sem presos – afirmou na sexta-feira, garantindo que havia vagas para novos presos.

Santa Catarina terá dias de sol e calor
A semana começa perfeita para quem quer ir à praia no litoral catarinense. O sol e o calor continuam, não há indicativo de chuva e o vento fica mais fraco do que as rajadas de 40 a 50 km/h registradas ontem. Mesmo com o vento sul, as pessoas curtiram uma praia neste primeiro fim de semana de Operação Veraneio em SC. Cerca de 200 guarda-vidas civis começaram a trabalhar no sábado, em 40 praias catarinenses. Eles farão a segurança dos banhistas nos fins de semana e feriados. Na Capital estarão todos os dias nas principais praias, sempre com acompanhamento dos bombeiros militares. Para o surfe, as condições mudam. A ondulação perde pressão ao longo desta segunda-feira e as ondas ficam com média de meio metro nas praias de Florianópolis. De acordo com a Epagri/Ciram, as temperaturas variam entre 13oC e 230C na Grande Florianópolis. A mínima prevista para Santa Catarina é de 6oC no Planalto Sul e máxima de 27oC no litoral Norte e Sul. Até quarta-feira o tempo seco com predomínio de sol permanece em boa parte do Estado e a previsão é de que a temperatura se eleve ao longo desses dias. No litoral e áreas próximas, a nebulosidade será variável e há chance de chuva fraca no início e fim do dia, devido à circulação marítima. Entre os dias 11 e 12 a aproximação e passagem de uma frente fria provoca chuva e temporal isolado no Estado. A temperatura estará mais elevada na maioria dos dias, conforme previsão da Epagri/Ciram.

Policial civil é suspeito de extorsão
Foi preso em Lages no fim da tarde de sábado mais um policial civil suspeito de participar de crimes de extorsão na região da Serra e do Meio-Oeste de Santa Catarina. O nome do policial não foi divulgado. De acordo com informações preliminares obtidas durante as investigações, ele seria o chefe de uma quadrilha que atuava havia pelo menos três anos em crimes de corrupção passiva, associação criminosa e roubo qualificado por uso de arma e concurso de pessoas. O mandado de prisão foi cumprido pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Civil. O policial, que foi preso no momento em que saía de casa, será transferido para a sede da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) em Florianópolis. Na semana passada, outro policial civil havia sido preso em flagrante em Lages quando extorquia o proprietário de um carro supostamente em situação irregular.
 

 

Últimas notícias