Manchetes dos Jornais e Clipping - 25/09/13 - Quarta-feira

25/09/2013

Diário Catarinense
Tráfico de droga sintética sofre maior golpe em SC

A Notícia
O que atrai e o que afasta a Mercedes

Jornal de Santa Catarina
Prevenção esbarra até em obras abandonadas

Folha de São Paulo
 Espionagem é afronta aos países, diz Dilma na ONU

O Estado de São Paulo
 Dilma ataca espionagem e, na ONU, propõe regra para web

O Globo
Na ONU, contra a espionagem: Dilma defende regulação internacional da internet

Valor Econômico
Reforma do ISS busca fim da guerra fiscal e receita maior

Correio Braziliense
Nem o Fome Zero escapa das quadrilhas no Brasil

Zero Hora
O discurso de Dilma/ O discurso de Obama

(Jornal de São Paulo)
Dilma diz na ONU que espionagem dos EUA é uma afronta aos países
Uma ilegalidade inadmissível, que provocou indignação e repúdio. Essas foram algumas das fortes expressões que a presidente Dilma Rousseff usou ontem ao abrir a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, para definir a sua reação às denúncias de que ela e a Petrobras foram alvos prioritários da espionagem dos EUA. Dilma, que há uma semana cancelou a visita que faria ao colega americano, Barack Obama, disse que o esquema da NSA (Agência de Segurança Nacional) afronta a comunidade internacional. Ontem, na reunião anual da ONU --tradicionalmente aberta com o discurso do Brasil--, Dilma dedicou cerca de um terço do seu discurso, de 20 minutos, ao assunto. "Estamos diante de um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis", disse. Para ela, "imiscuir-se dessa forma na vida de outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo entre nações amigas". "Governos e sociedades amigas [...] não podem permitir que ações ilegais, recorrentes, tenham curso como se fossem normais. Elas são inadmissíveis", prosseguiu. Conforme Dilma, "recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial".

Obama e presidente iraniano ensaiam gestos de conciliação
Rompidos desde 1979, Irã e EUA deram passos rumo a um entendimento na 68ª Assembleia-Geral da ONU. O recém-eleito Hasan Rowhani confirmou sua política de reaproximação com o Ocidente e pediu a Barack Obama que não dê ouvidos a pressões por guerra. Disse ainda estar disposto a se comprometer com prazos e metas numa negociação que elimine dúvidas sobre seu programa nuclear. Já Obama fez uma menção positiva ao país persa. Segundo autoridades dos EUA, a Casa Branca ofereceu um encontro informal entre os presidentes --uma interação que seria inferior a uma reunião bilateral, mas já histórica. Mas a delegação do Irã, segundo os americanos, disse que "seria muito complicado fazer isso, a essa altura". Amanhã, porém, deve haver uma reunião sobre o programa nuclear iraniano com o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler do país, Mohamad Zarif. Em sua fala, Obama disse ainda saber que o "histórico difícil" entre os países, marcado por "profunda desconfiança", "não pode ser superado do dia para a noite", mas indicou a questão nuclear como "passo importante". O Irã negocia com potências ocidentais solução que as tranquilize quanto às finalidades de seu programa nuclear. Teerã diz fazer uso pacífico da energia, mas o Ocidente o acusa de maquiar esforços para chegar à bomba. No púlpito, Rowhani chamou de "violentas, pura e simplesmente" as sanções econômicas a que o país está submetido, em razão do programa nuclear, por resoluções do Conselho de Segurança da ONU e por decisões dos EUA e da União Europeia. De acordo com o iraniano, as armas nucleares "não têm lugar na doutrina de segurança e de defesa do Irã". Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, chamou a fala de Rowhani de "cínica" e disse que só aceita solução diplomática para o impasse se ela desmantelar por completo a capacidade do Irã de chegar à bomba. "O Irã acha que palavras suaves e ações simbólicas permitirão que continue em seu caminho por uma bomba", acusou. Ontem à noite, a rede CNN divulgou trechos de entrevista com Rowhani em que ele afirma que os judeus foram vítimas de "crimes contra a humanidade" cometidos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A fala reforça a mudança de tom do novo presidente iraniano em relação ao seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad, que tratava o Holocausto como um "mito".

TSE ignora suspeita de fraude e aprova criação de 2 partidos
Apesar de suspeitas de fraudes na coleta de assinaturas de apoio pelo país, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou na noite de ontem a criação de mais dois partidos no Brasil, o que abre a temporada de troca-troca de políticos entre as legendas com vistas às eleições de 2014. Com margem apertada, 4 votos a 3, o tribunal chancelou o Solidariedade, montado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). Por 5 a 2, aprovou também o Pros (Partido Republicano da Ordem Social). As duas siglas são, respectivamente, a 31ª e a 32ª do país. A posição externada pelos ministros do tribunal durante a votação sinaliza dificuldades extras para a Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva tenta criar para concorrer ao Palácio do Planalto em 2014, e que deve ter o seu caso julgado na semana que vem. Isso porque 3 dos 7 sete integrantes da corte já deixaram claro que não aceitam a entrega direta ao TSE de certidões genéricas de assinaturas de apoio colhidas pelo país. A Rede não conseguiu reunir as 492 mil assinaturas mínimas de apoio exigidas em lei --faltaram 52 mil nomes. O Solidariedade tende a atuar na órbita do presidenciável Aécio Neves (PSDB) e negocia o ingresso de cerca de 30 deputados federais. Vários deles, incluindo Paulo Pereira, compareceram ao TSE e comemoraram a aprovação. Na votação no TSE, o relator, ministro Henrique Neves, argumentou que pela Lei dos Partidos Políticos o prazo para o questionamento relativo a eventuais fraudes na coleta de assinaturas já havia expirado, o que não impede a promoção de eventuais investigações penais sobre o assunto. O Solidariedade é suspeito, entre outras coisas, de ter incluído como apoiadores integrantes do sindicato dos servidores do Legislativo federal que negam ter referendado a criação do partido. Apesar disso, Neves disse que era preciso que o Solidariedade entregasse listas com os nomes e documentos dos eleitores, e não só certidões genéricas dos cartórios listando o número de assinaturas validadas. Ele foi seguido pelos ministros Marco Aurélio Mello e Luciana Lóssio. Mas sob o argumento de que o TSE não exigiu detalhamento em casos anteriores, votaram a favor do partido Cármen Lúcia, presidente da corte, Laurita Vaz, Dias Tóffoli e João Otávio Noronha.

Deficit em conta externa supera todo 2012
O deficit nas contas externas do país alcançou o patamar recorde de US$ 58 bilhões de janeiro a agosto. O número supera o resultado negativo acumulado em todo o ano passado, quando o saldo já havia sido recorde, de US$ 54,2 bilhões, informou ontem o Banco Central. Se o rombo cresce, o investimento estrangeiro direto (IED, os recursos direcionados ao setor produtivo) deve ser menor do que o esperado. A autoridade monetária reviu de US$ 65 bilhões para US$ 60 bilhões a estimativa de ingresso desse capital em 2013. O resultado das transações correntes reflete as trocas do Brasil com outros países. Inclui importação e exportação de bens, gastos e receitas com serviços, como viagens, e remessas de lucros, ganhos e pagamentos de juros. O investimento estrangeiro direto é considerado a melhor forma de financiar o deficit, por ser um fluxo menos volátil e não implicar maior endividamento. O problema é que o BC estima um deficit em transações correntes de US$ 75 bilhões no ano, bem acima da projeção para a entrada de investimento estrangeiro direto. Confirmada a projeção, será a primeira vez desde 2001 que esse tipo de aporte não é capaz de bancar o deficit. O mês de agosto mostrou o descompasso: enquanto o IED foi de US$ 3,8 bilhões, redução de 25% ante 2012, o deficit ficou em US$ 5,5 bilhões, mais que o dobro do verificado no mesmo mês de 2012. Para a autoridade monetária, contudo, o quadro permanece confortável, já que cerca de 80% das transações correntes ainda serão financiadas pelos investimentos estrangeiros diretos. A parcela restante é coberta por investimentos no mercado financeiro e empréstimos. "Os fluxos de IED no mundo foram menores do que o no passado. Os países receberam menos. O Brasil permaneceu bem situado, em patamar elevado", afirmou Tulio Maciel, chefe do departamento econômico do BC. O Banco Central voltou a apontar a balança comercial (a diferença entre importações e exportações de bens), como maior responsável pelo resultado das contas externas. Entre janeiro e agosto, o indicador apresentou deficit de US$ 3,8 bilhões, ante superavit de US$ 13,1 bilhões no mesmo período de 2012. Diante disso, o BC refez as contas para a balança no fim do ano, reduzindo de US$ 7 bilhões para US$ 2 bilhões a expectativa de saldo positivo. Em março, o superavit esperado era de US$ 15 bilhões. A manutenção da projeção de deficit na conta-corrente em US$ 75 bilhões foi possível porque o BC também rebaixou a expectativa para a remessa de lucros e dividendos ao exterior, de US$ 30 bilhões para US$ 26 bilhões.

Relator do mensalão quer limitar alcance de recursos dos réus
O novo relator do processo do mensalão, ministro Luiz Fux, quer limitar o alcance dos recursos que serão analisados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano que vem. Em vez de reexaminar provas, ele crê que o debate deve se dar somente em torno das teses divergentes entre o grupo majoritário, que condenou parte dos réus por formação de quadrilha, e o grupo que votou pela absolvição. "Os embargos são restritos à matéria de divergência", disse Fux ontem antes de entrar numa sessão do STF. Com a declaração, ele sinaliza que o julgamento dos chamados embargos infringentes --recursos que podem ser usados por réus que foram condenados em votações apertadas, com no mínimo quatro votos pela absolvição-- deve ser fixar, no caso da quadrilha, o conceito e a caracterização do crime, contrapondo a posição adotada pela ministra Rosa Weber à do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Quando o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e outros sete foram condenados por quadrilha, Weber votou pela absolvição dos condenados e iniciou a divergência, sendo acompanhada pelos ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. Para ela, a caracterização da quadrilha se dá quando o grupo atua de maneira duradoura no cometimento de diversos tipos de crimes. Além disso, seria necessário ofender a paz pública, o que, em sua visão, não aconteceu. Barbosa, que votou pela condenação, entende que formação de quadrilha se dá quando mais de três pessoas de unem e cometem crimes. Com ele votaram Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello. Ainda não há data para a próxima etapa do julgamento. A expectativa é que ela só aconteça em 2014 porque, após publicado o acórdão, os advogados terão 30 dias para recorrer, o Ministério Público terá outros 30 dias para apresentar seus argumentos, e só então Luiz Fux poderá concluir o seu voto. Ao fixar o alcance dos recursos aos pontos de divergência, Fux também sinaliza que deve aceitar questionamentos relativos ao tamanho das penas que foram fixadas em votações apertadas. Tal possibilidade, no entanto, divide os ministros da corte. Parte deles crê que os infringentes só podem ser apresentados contra as condenações, e não contra penas. Caso o STF aceite a discussão específica das penas, a ex-diretora da SMPB Simone Vasconcelos pode ser beneficiada. Quando foi condenada por lavagem de dinheiro e evasão de divisas, pelo menos quatro ministros votaram por uma menor à de 5 anos que pegou por lavagem e uma inferior à de 3 anos e 5 meses fixada para evasão, o que pode lhe dar o direito à revisão.

Governo dá aval a projeto que aumenta repasses para saúde
O Palácio do Planalto deu aval ontem à proposta em tramitação no Congresso que destina 15% da receita líquida da União para a saúde. A previsão é que a regra geraria novos repasses de ao menos R$ 35 bilhões anuais para o setor, que hoje tem um orçamento de R$ 90 bilhões. A maior parte seria bancada com verba federal. Trata-se de uma alternativa ao projeto de iniciativa popular que propõe destinar 10% da receita bruta da União para a saúde. A Folha mostrou há duas semanas que o Planalto considera a proposta impagável, além de arriscada do ponto de vista jurídico, porque a receita bruta tem vinculações estabelecidas constitucionalmente, que não podem ser facilmente remanejadas. A ideia de ampliar os repasses para a área, no entanto, passou a ganhar força no governo federal por se tratar de uma bandeira "das ruas", além de ser um potencial legado do ministro da Saúde Alexandre Padilha, provável candidato do PT ao governo de São Paulo. Junto com o vice-presidente Michel Temer, o ministro encampou a proposta e fecharia no fim da noite de ontem, em reunião com os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e Humberto Costa (PT-PE), um texto final. Para alcançar os 15% da receita líquida, o governo quer direcionar 50% das emendas parlamentares para a saúde, a partir de alterações no texto da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das emendas impositivas. A PEC, antes vista com maus olhos pelo Planalto, é uma reivindicação do Congresso, pois obrigaria o Executivo a pagar projetos financiados pelas emendas parlamentares. No mês passado, a proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados e, agora em tramitação no Senado, poderá sofrer mudanças. Também vão entrar no cálculo dos 15% os recursos dos royalties do petróleo destinados à saúde e gastos do governo com farmácia popular. A Folha apurou que o governo estuda duas possibilidades para financiar a ideia. A primeira, da preferência do Planalto, é escalonar os reajustes até 2018. Nessa opção, o orçamento da saúde chegaria progressivamente a R$ 147 bilhões em 2018. Na segunda opção, defendida por aliados no Congresso, a ideia é escalonar os valores pelos próximos três anos, com soma de R$ 34,8 bilhões a mais em recursos.

Pagar tributos custa à indústria R$ 24,6 bi
A indústria de transformação gastou R$ 24,6 bilhões somente com burocracia para pagar tributos no ano passado, valor que representa 10% da folha de pagamento do setor e o dobro do que ele investiu em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Isso equivale a dizer que, para cada R$ 1.000 desembolsados no pagamento de impostos, a indústria gastou mais R$ 64,90 em burocracia. "É um dinheiro perdido que vai para o ralo", diz José Ricardo Roriz Coelho, diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Fiesp (federação da indústrias paulistas). "Em vez de investir em tecnologia para tornar a produção mais eficiente e entregar ao consumidor um produto melhor e mais barato, o empresário é obrigado a gastar com a burocracia tributária." Os custos diretos e indiretos da burocracia representam 2,6% do preço final dos produtos, considerado o efeito cascata na cadeia produtiva do pagamento de tributos desde a compra de insumos. Os dados que mensuram o custo na indústria em nível nacional, obtidos pela Folha com exclusividade, serão apresentados amanhã em seminário em São Paulo. O objetivo é discutir com os fiscos (estadual e federal) como simplificar o sistema, evitar o excesso de normas e reduzir o número de tributos. Para calcular o custo total gasto com pagamento de impostos, o levantamento considerou uma amostra representativa do setor, com 1.180 indústrias de todos os portes. Dos R$ 24,6 bilhões, a maior parte foi para pagar funcionários e gestores ligados à área tributária: R$ 16,3 bilhões. Em média, as empresas alocam dez pessoas para cuidar de atividades ligadas à tributação, incluindo pagamentos fiscais, encargos sobre a folha de pagamento ou de contabilidade. Os gastos com instalação e operacionalização de softwares, obrigações acessórias (livros, registros e armazenamento de dados) e terceirização de serviços fiscais somaram R$ 6,5 bilhões. Os custos judiciais das empresas foram de R$ 1,8 bilhão. Augusto Boccia, dono da indústria São Rafael, fabricante de câmaras frigoríficas há 39 anos no Arujá (SP), diz que, depois de idas e vindas, terceirizou a contabilidade e criou uma equipe interna para conseguir cumprir o emaranhado de leis e regras. "É impossível manter-se atualizado e conseguir entender toda a legislação. Gasto em média R$ 50 mil por mês com cumprimento da parte fiscal e contábil. Do meu faturamento anual, isso representa 2,25%", diz. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, 30 novas normas tributárias são editadas por dia no Brasil, o equivalente a 1,25 por hora.

(Diário Catarinense)
Tráfico de drogas sintéticas sofre baque histórico em SC
As malas saem de Santa Catarina para Amsterdã, na Holanda. Vão recheadas com cocaína nas partes laterais e retornam com drogas sintéticas. Os donos são jovens encantados com a viagem à Europa, aliciados por traficantes e que se arriscam como mulas – pessoas que transportam a carga. Descoberta em 2005, a rota criminosa Europa–Florianópolis segue a todo vapor. Nem mesmo a fiscalização dos aeroportos inibe os traficantes. A Polícia Civil afirma ter dado um golpe nesse tipo de ação. Após quatro meses de investigação, foram presas ontem sete pessoas e apreendidos 100 mil comprimidos de ecstasy, cocaína e dinheiro. O delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Cláudio Monteiro, considera a apreensão de drogas sintéticas, feita por policiais civis, um recorde no Estado. O alvo principal da polícia era Fábio Augusto Walter, 31 anos, de Palhoça. Ele usa o codinome de Bernardo e tem o apelido de Marmota. Foi investigado pela Polícia Federal em Santa Catarina e no Rio de Janeiro por tráfico internacional de drogas. Estava em liberdade e era monitorado por arregimentar mulas que embarcassem à Europa para levar cocaína e trazer drogas sintéticas. A polícia o trata como espécie de patrão da distribuição da droga no Estado. Policiais afirmam que frequentava boates e tinha vida noturna agitada, mas não ostentava os ganhos. Ele foi preso de madrugada, na Rodoviária Rita Maria, quando foi encontrar um homem que serviu como mula e vinha da Europa com malas cheias de drogas sintéticas. Nas casas do bando foram apreendidas quatro malas recheadas com cocaína. Seis pessoas foram autuadas por tráfico internacional e associação. Um adolescente foi para a delegacia de menores e uma mulher que chegou a ser detida acabou liberada. Na delegacia, os jovens se recusaram a falar da prisão. Aos policiais, Fábio negou envolvimento com o crime.

À espera de uma gigante
Embora a catarinense concorra com as paulistas Sumaré e Piracicaba, sabe-se, conforme publicado ontem no Diário Catarinense pela colunista Estela Benetti, que o Estado ofereceu a melhor proposta técnica e financeira, semelhante à que foi aceita pela BMW. A oferta inclui uma linha de financiamento via BRDE para a aquisição do terreno e instalação da fábrica, mais uma atenção especial na disponibilidade de toda a infraestrutura necessária. O retorno do investimento a SC, na forma de tributos, é de oito anos. Também pesam na decisão da Mercedes-Benz a infraestrutura da região, com quatro portos, a tradição metalmecânica e a qualificação dos trabalhadores. Se o conselho da companhia, que deve se reunir hoje para decidir sobre o local, escolher o Norte de SC, estará formado o maior polo de carros de luxo da América Latina. A Audi já decidiu produzir em São José dos Pinhais, no Paraná, a cerca de 100 quilômetros de Joinville. E a Land Rover também negocia com o Norte do Estado. Por meio de sua assessoria no Brasil, a Mercedes-Benz informou que pretende definir o local da próxima fábrica no país dentro das próximas semanas. No entanto, o prazo para que a montadora alemã se enquadre no programa federal Inovar Auto para a fabricação de veículos expira no dia 30 de setembro. As negociações para atrair a Mercedes começaram ainda no ano passado pelo governo estadual. As conversas evoluíram e desde maio deste ano, Joinville passou a ser a finalista catarinense no processo de escolha da montadora. As informações mais recentes solicitadas pela Mercedes à prefeitura de Joinville relacionam-se a detalhes do programa Pró-empresa e a aspectos de formação profissional e educação. – Minha percepção pessoal é de que o investimento virá para Joinville. Se não ganharmos, será por mínimos detalhes – argumenta o secretário de Desenvolvimento Econômico do município Jalmei Duarte. Em SC, a montadora analisou terrenos em Joinville, Garuva, Barra Velha e em Guaramirim. Outras cidades brasileiras consideradas foram Juiz de Fora (MG), Rio de Janeiro e São Paulo. O prefeito Udo Döhler avalia que Joinville disputa com as cidades paulistas em igualdade de condições. Mas reconhece que SP tem vantagens competitivas em aspectos jurídicos. – Aqui nós estamos reestruturando o modelo de benefícios e incentivos fiscais. Também, a Lei de Ordenamento Territorial (LOT) ainda está em discussão. Estes fatores criam insegurança jurídica – admite.

Enem terá adesão de todas as federais
Quinze anos depois de criado, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deve ser aceito por todas as 59 instituições federais de ensino superior brasileiras em 2014. Neste ano, a prova do Enem será realizada em 26 e 27 de outubro. É a primeira vez que isso ocorre, já que cada universidade tem se adaptado ao teste por conta própria desde 2009: a UFSC compõe 30% da nota final do candidato a partir da pontuação do Enem; já a Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) sequer tem prova para ingresso. Mesmo com histórico de falhas, o exame atingiu o recorde de 7,1 milhões de inscritos neste ano. De 2010 a 2013, o número de vagas no ensino superior disponíveis para quem prestou o Enem cresceu quase três vezes, chegando a cerca de 130 mil cadeiras – todas em instituições públicas. A tendência é esse número crescer ainda mais: 11 federais que utilizam o Enem como parte do processo seletivo, entre elas a UFSC, já manifestaram interesse em aderir para 2015 ao Sistema de Seleção Unificada, plataforma na qual as universidades disponibilizam as vagas. – A aceitação em relação ao exame aumentou. Mas o desafio logístico ainda é grande, tanto que ainda não se consegue fazer duas edições por ano – afirma Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Inep, ligado ao MEC.

Gastos de brasileiros no Exterior somam R$ 2,2 bi
Nem a alta do dólar conseguiu conter os gastos dos brasileiros no Exterior. No mês de agosto, os turistas deixaram lá fora US$ 2,227 bilhões – ou 15,8% a mais que em agosto do ano passado – número considerado recorde para o período. Os dados foram divulgados ontem pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, ao apresentar o Relatório do Setor Externo referente ao mês passado. Enquanto os brasileiros gastam mais no Exterior, os estrangeiros deixam menos dólares por aqui. Segundo a Agência Brasil, a receita com turistas estrangeiros no país foi US$ 517 milhões (4,6% a menos que os US$ 542 milhões de igual mês de 2012), deixando um déficit no país de US$ 1,710 bilhão no mês. O saldo negativo de agosto foi maior do que no mesmo mês de 2012, deficitário em US$ 1,381 bilhão. No acumulado de 2013, o déficit da conta de viagens soma US$ 12,233 bilhões ante US$ 10,076 bilhões negativos há um ano. Conforme o relatório do BC, o saldo de remessas de lucros e dividendos ficou negativo em US$ 1,982 bilhão em agosto. No mesmo mês do ano passado, houve uma saída líquida de US$ 2,523 bilhões. No acumulado dos oito primeiros meses, o saldo está negativo US$ 17,299 bilhões, ante US$ 14,223 bilhões de déficit visto em igual período de 2012. Essa situação, no entanto, foi verificada também em julho, quando as despesas somaram US$ 2,214 bilhões e as receitas ficaram em US$ 539 milhões – com déficit mensal de US$ 1,674 bilhão. Números próximos a agosto, e pelas contas de Túlio Maciel, o ritmo de gastos foi mantido em setembro, pois até a última sexta-feira o déficit com turismo no mês somava US$ 1,207 bilhão. – Não temos observado desaceleração de gastos com viagens – disse. Maciel não falou sobre as causas que levam os brasileiros a gastar tanto no Exterior. Mesmo indagado sobre a situação de o turismo interno caro, com preços proibitivos da rede hoteleira doméstica, que desestimulam o turismo doméstico, ele afirmou que não dá para fazer um retrato do momento, com base na valorização cambial, uma vez que muitas compras são planejadas com bastante antecedência e os desembolsos para a viagem são em parcelas mensais.

 

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