Manchetes dos Jornais e Clipping - 04/07/13 - Quinta-feira

04/07/2013

Diário Catarinense 
Exército egípcio derruba governo com apoio popular

A Notícia 
Zona Sul concentra homicídios de Joinville

Jornal de Santa Catarina 
Samu de Indaial para de socorrer após 19h

Folha de São Paulo
 Exército derruba presidente do Egito

O Estado de São Paulo
 Golpe depõe presidente do Egito

O Globo
Crise na primavera Árabe: Militares dão golpe no Egito e prendem o presidente

Correio Braziliense
 Prisões e multas para desbloquear rodovias

Valor Econômico 
Eike se tornará minoritário após venda das empresas X

Zero Hora
TJ propõe acabar com o semiaberto

(Folha de São Paulo)
Golpe militar derruba presidente do Egito um ano depois de eleição
Mohammed Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, foi deposto ontem por um golpe militar após milhões terem ido às ruas pedir sua renúncia. Ele foi detido por militares. Sua saída foi anunciada às 21h locais (17h, em Brasília) em rede nacional por Abdul Fatah al-Sisi, chefe do Exército --cujo discurso foi encoberto, nas ruas, pelo clamor popular. Mursi, disse o comandante, falhou em responder às demandas do povo. Na segunda-feira, as Forças Armadas tinham imposto um prazo de 48 horas para que o islamita apaziguasse a insatisfação popular. Antes de ir à TV, Sisi se reunira com a oposição --representada por Mohamed ElBaradei, ex-chefe da agência nuclear das Nações Unidas--, líderes do centro de estudos islâmicos Al-Azhar e membros da comunidade cristã. Em nota antes de ser preso, o presidente deposto afirmou ser vítima de um "golpe militar categoricamente rejeitado por todos os que lutaram para que o Egito se tornasse uma sociedade civil democrática". Ele pediu aos seus partidários que resistam. A Constituição do Egito está suspensa, e o país será presidido interinamente pelo chefe da Suprema Corte Constitucional, Adly Mansur. Não está claro quanto tempo irá durar o período entre a deposição de Mursi e novas eleições presidenciais no país. O prazo dado pelo Exército foi encerrado às 17h locais (12h em Brasília), e as horas seguintes foram de ansiedade e incerteza nas ruas do Cairo. Depois do golpe, confrontos deixaram pelo menos quatro mortos no país. Em nota, o presidente dos EUA, Barack Obama, se disse "profundamente preocupado" com a decisão das Forças Armadas de depor Mursi e suspender a Constituição. Ele pediu que os militares ajam para devolver o poder a um governo civil democraticamente eleito. O fracasso do governo Mursi tem forte significado na região, por se tratar de um dos símbolos da Primavera Árabe. Ele substituíra o ditador Hosni Mubarak, deposto em 2011 após quase três décadas. Sua saída também significa que falhou o governo baseado numa modalidade política do islã --mensagem clara para outros países em que a insurgência deu espaço para a ascensão de islamitas, caso de Tunísia e Iêmen. Mursi assumiu em 2012 um país em crise econômica e social e, durante seu mandato, irritou a população ao insistir em uma agenda considerada conservadora demais. Seus aliados, no entanto, defendiam seu direito constitucional de permanecer no cargo até 2016, quando se encerraria oficialmente sua Presidência. "Nós concordamos com um caminho, o das eleições", disse à reportagem Ahmad Shawqy, 32. "Elegemos a corrente islamita porque é a natureza do povo egípcio." "Nosso coração está parando", disse à Folha Mama Salwa, apelidada "mãe da revolução" por sua participação nas ruas na deposição de Mubarak. "O Exército é parte do povo. São nossos irmãos, nossos filhos. Estão dividindo as pessoas para que se matem." "Esse não é um golpe militar", rebatia David Nashwat, 27. "É uma correção histórica. A revolução foi roubada pelos islamitas, e nós queremos garantir que vamos ter um país livre e democrático."

Só dois partidos aliados de Dilma apoiam plebiscito já
Dos dez principais partidos da base aliada na Câmara, apenas PT e PC do B apoiam a sugestão da presidente Dilma Rousseff de realizar plebiscito para discutir uma reforma no sistema político brasileiro que tenha efeitos nas eleições do ano que vem. Pressionada, Dilma sugeriu a consulta popular em resposta às manifestações de rua no país e anteontem enviou ao Congresso mensagem propondo que a população seja ouvida sobre cinco pontos. O plebiscito sugerido pela presidente discutiria mudanças no financiamento de campanhas eleitorais e no sistema de votação, o fim dos suplentes no Senado, do voto secreto no Congresso e das coligações partidárias para eleições de parlamentares. A proposta de Dilma esbarrou em duas questões principais: nas reações de políticos que entendem que a presidente atropelou o Congresso ao impor pauta de discussão sem consultá-los e no tempo dado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) necessário para elaborar um plebiscito. "Vamos conversar com o PT para mostrar que não há como realizar plebiscito já. Não há tempo", afirmou o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Principal aliado do Planalto e a segunda maior bancada da Casa, o PMDB faz ressalvas ao projeto do Planalto. Peemedebistas defendem uma reforma política produzida no Congresso, que, depois, seja levada a referendo dos eleitores. Os deputados aliados, em sua maioria, defendem basicamente dois pontos: que uma reforma política seja elaborada pelo Congresso e submetida a referendo ou plebiscito no ano que vem com efeitos para as eleições de 2016; e que sigam as votações de mudanças pontuais na legislação no próprio Congresso. "O ideal é um plebiscito junto com a eleição de 2014. Assim se economiza dinheiro e será possível dar aos eleitos atribuição para revisar a Constituição", afirmou o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ). O PR e o PDT defendem o plano da presidente para o plebiscito, mas querem uma consulta sobre a realização ou não da reforma. Assim, o próximo Congresso funcionaria como constituinte e teria a prerrogativa de formular mudanças no sistema político. Ontem, o líder do PSD na Câmara, Eduardo Sciarra (PR), levou ao presidente do partido Gilberto Kassab a rejeição à proposta de consulta popular imediata. O PSD propõe que as mudanças comecem a ser elaboradas pelo Legislativo e, se não avançarem, que ocorra um plebiscito em 2014. "Não queremos assumir um desgaste de que vamos fazer algo que depois não vai sair. Temos que ser cautelosos", disse Sciarra. PSB e PSC pregam um plebiscito somente nas eleições de 2014. O PSB quer votar imediatamente o fim das coligações e o fim do voto secreto no Congresso. O PSC já tem pronto um esboço de um projeto de decreto legislativo para a consulta aos eleitores. São dez perguntas, entre elas sobre o financiamento de campanha. Para o PT e PC do B, mesmo que as medidas não tenham efeito para a disputa eleitoral de 2014, é importante ouvir a sociedade sobre quais as mais importantes mudanças que seriam necessárias para o sistema político do país. "A decisão [da bancada] foi, como centralidade, a defesa do plebiscito. Vamos conversar com a sociedade civil e com outras forças políticas na Câmara, para que não prospere o movimento conservador, que defende não sair nada", disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE). Na terça-feira, os líderes da Câmara se reúnem para definir os rumos do plebiscito. Se a proposta não decolar, um grupo de trabalho será criado para em 90 dias propor mudanças no sistema político eleitoral.

Médicos vão às ruas contra estrangeiros
De um lado, o branco dos jalecos de médicos. De outro, o vermelho das bandeiras do movimento sem-teto e de partidos de esquerda. Ambos os grupos protestaram ontem na av. Paulista, na região central, e acabaram se encontrando. No total, segundo a PM, foram 5.000 pessoas nos dois atos, que fecharam a via nos dois sentidos. Em meio às duas manifestações, outras três surgiram. Uma era de surdos que pediam escolas bilíngues para deficientes. Outra de comerciantes da Feira da Madrugada, no Brás, hoje em reforma. A terceira, de trabalhadores também da saúde, como psicólogos e fisioterapeutas, foi contra o Ato Médico. Assim como na Paulista, médicos e alunos de medicina também protestaram em várias cidades do país contra a vinda de médicos estrangeiros para atuar no SUS sem teste para validar seus diplomas. Eles defendem também melhor remuneração no setor público e realização de uma carreira médica estatal. Houve atos simultâneos em São Paulo, Rio, Fortaleza, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Goiânia, entre outras cidades. Não houve registro de violência. Segundo o CFM (Conselho Federal de Medicina), havia previsão de protestos em todos os Estados. Em Brasília, cerca de 200 médicos protestaram em frente ao Ministério da Saúde. O presidente do conselho, Roberto D'Ávila, afirmou que o movimento "atingiu o objetivo". A entidade não apresentou, no entanto, um balanço total de manifestantes. "Atingiu o objetivo, que era ir para a rua dizer que defendemos melhores condições de trabalho, mais investimentos na saúde e a sanção do projeto do Ato Médico." O Ministério da Saúde, que defende a vinda de médicos, diz que a medida é emergencial e que, se eles fizessem a prova de validação do diploma, poderiam atuar onde quisessem --e não só em áreas em que há carência de médicos. Segundo a pasta, esses médicos passarão por treinamento de três semanas antes de iniciar o trabalho. O outra ato na Paulista, chamado "Da Copa eu abro mão", foi organizada pelo movimento de trabalhadores sem teto com apoio do Movimento Passe Livre e partidos como PSOL e PSTU, entre outras entidades. O grupo quer estatização do transporte publico, desmilitarização da polícia, jornada para 40 horas semanais "sem redução de salário" e investimento maior em saúde e educação.

Fim do voto secreto passa em comissão do Senado
Em decisão que esvazia uma parte do plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff sobre a reforma política, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou ontem proposta que acaba com o voto secreto no Congresso. Esse era um dos pontos sugeridos por Dilma para ser incluído na consulta. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) aprovada na comissão elimina da Constituição todas as hipóteses de votação secreta previstas pela legislação, como nas cassações de mandatos de parlamentares, vetos presidenciais e indicações de autoridades pelo Poder Executivo. Um levantamento feito pela Folha mostra que todos os outros pontos sugeridos por Dilma para que o Congresso inclua no plebiscito já estão contemplados em projetos que tramitam no Legislativo. Em três dos casos, os projetos já estão prontos para ir a plenário no Senado. Um deles, de José Sarney (PMDB-AP) e Francisco Dornelles (PP-RJ), estabelece o financiamento público exclusivo para campanhas eleitorais. Na questão das coligações, outro projeto dos mesmos autores acaba com as alianças formais entre partidos nas eleições para deputados e vereadores --alinhado com o desejo do governo. Também está pronta para ser votada uma proposta de fim do voto proporcional para deputados e vereadores. O voto distrital e o fim dos suplentes de senadores também são objetos de projetos, com tramitação paralisada. No ano passado, o Senado aprovou outra proposta, que acaba com o voto secreto apenas para as cassações. O texto tramita na Câmara, que prometeu aprová-lo na "agenda positiva" deflagrada pelo Legislativo em resposta às manifestações populares. Se a nova proposta, aprovada ontem, mais abrangente, for aprovada pelo plenário do Senado, ela segue para análise dos deputados, que terão que decidir qual das duas será analisada. Beneficiado pela existência do voto secreto para escapar da cassação em 2007, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é quem será o responsável por pautar a votação da proposta na Casa.

Eike põe MMX e MPX à venda para pagar dívidas e ganhar sobrevida
A saída de Eike Batista do conselho da MPX, que estava sendo preparada ontem à noite, é o primeiro passo do plano de reestruturação em curso para o grupo EBX. A estratégia é vender ativos ou até o controle de MPX (energia) e MMX (mineração), as empresas mais saudáveis. Com esses recursos, pagar aos maiores credores: Itaú, Bradesco (US$ 1 bilhão somados) e o fundo árabe Mubadala (cerca de US$ 2 bilhões). Se for possível, a expectativa é injetar US$ 1 bilhão na OGX, cumprindo a promessa de Eike. Isso daria fôlego para pagar parte da dívida de US$ 4 bilhões em bônus. Os investidores, no entanto, terão que aceitar um forte desconto e vão receber bem menos que esse valor. A petroleira também vai continuar buscando um sócio para a empresa ou para blocos de exploração de petróleo. A OSX venderia as duas plataformas que ficaram ociosas depois que a OGX desistiu de explorar algumas áreas. Com o dinheiro, pagaria a espanhola Acciona, para quem deve R$ 500 milhões, e outros fornecedores. O plano é fechar o estaleiro e manter a empresa de leasing. A LLX, dona do porto do Açu, depende de encontrar um sócio estratégico para fazer os vultosos investimentos previstos. Ainda não há interessados, e a expectativa é que eles não apareçam enquanto o nó do grupo não começar a ser desatado. O plano ainda pode mudar, porque depende de encontrar sócios dispostos a injetar dinheiro em várias empresas. A estratégia foi desenhada pelo banqueiro André Esteves e seus sócios do banco BTG Pactual, que estão assessorando Eike. O empresário vem sendo convencido aos poucos da necessidade de se desfazer de seu patrimônio. Se tudo der certo, o império do homem que chegou a ser o sétimo mais rico do mundo, com um patrimônio avaliado em US$ 34,5 bilhões, ficará praticamente reduzido a uma petroleira de médio porte e um porto ainda em construção. A fortuna de Eike está calculada hoje em US$ 2,9 bilhões. De "queridinhas" do mercado, as empresas X sofrem uma crise de confiança, porque Eike não entregou o que prometeu. Os investidores ficaram decepcionados com a baixa produção da OGX e começaram a duvidar de todos os planos do grupo. Outros caminhos ainda vêm sendo testados e podem mudar o rumo dos acontecimentos. Mas, segundo fontes próximas ao EBX, a relutância de Eike tem tornado a situação mais difícil a cada dia, por causa da vertiginosa queda das ações (a OGX perdeu 91% do valor neste ano), e provocado frustração no BTG. A venda da MMX é um exemplo. Eike estaria demorando para fechar negócio porque considera os preços das ofertas baixos. Só que os interessados não têm pressa, porque a mineradora vai ficando mais barata na Bolsa. Usiminas, CSN e Gerdau, além de Glencore e Trafigura, também teriam avaliado a empresa. O interesse dos potenciais compradores é o porto do Sudeste. Depois da venda, a MMX também deixaria o grupo EBX.

PF vai investigar bloqueio de estradas; Dilma cobra 'ordem'
O governo determinou ontem que a Polícia Federal abra inquérito para investigar o envolvimento de empresários do ramo de transportes na paralisação geral das rodovias, e a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo "não ficará quieto" diante dos bloqueios. "Lá na nossa bandeira está escrito ordem e progresso. Estou falando do progresso, que é a construção da infraestrutura. Mas eu também queria falar da ordem: é fundamental no país que estradas não sejam interrompidas", disse a presidente. "Meu governo não ficará quieto perante processos de interrupção de rodovias." O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou que "há indícios de que a paralisação seja coordenada por empresários do ramo dos transportes". Para o governo, a medida poderia configurar locaute (greve patronal), visando o desabastecimento de combustível no país. Parte dos empresários, principalmente as pequenas empresas, estaria interessada em flexibilizar a jornada dos caminhoneiros, reduzindo os períodos de descanso, para reduzir custos. "O governo não vai tolerar prática de crimes ou abusos de quem quer que seja", disse o ministro. No despacho encaminhado à Polícia Federal solicitando a abertura do inquérito, Cardozo citou nominalmente o MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro), responsável pela convocação do movimento, e o presidente da entidade, Nélio Botelho. Procurado pela Folha, Botelho afirmou estar sendo usado como "bode expiatório" pelo governo. "Sou proprietário de um caminhão que nem acabei de pagar. Ele é agregado numa cooperativa de transporte de carga, não é empresa. Eu sou presidente da cooperativa." Até agora, segundo a Polícia Rodoviária Federal, 15 pessoas foram presas no movimento dos caminhoneiros. O ministro César Borges (Transportes) disse que por enquanto não há sinal de desabastecimento no país. A Advocacia Geral da União informou que, apesar de as liminares não determinarem que a Polícia Rodoviária Federal deve executar a desocupação das rodovias, ela pode auxiliar na retirada dos manifestantes.

(Diário Catarinense)
Estradas de SC liberadas
Paralisação de motoristas foi encerrada ontem, depois que o Senado aprovou mudanças na Lei dos Caminhoneiros. Somente depois que tiveram a certeza da mudança da Lei dos Caminhoneiros no Senado, os motoristas liberaram os acostamentos das estradas federais do Oeste de Santa Catarina. Pelo menos 500 caminhoneiros estavam bloqueando a passagem de outros caminhões nas estradas que cortam o Estado desde a tarde de segunda-feira. A maioria dos manifestantes passou boa parte do tempo estacionada nos acostamentos e postos de gasolina às margens das BRs. A mobilização ocorreu nas rodovias federais 158, 282 e 163. As estradas cortam municípios de Maravilha, São Miguel do Oeste, Iporã do Oeste, Cunha Porã e Palmitos. Houve queima de pneus nas rodovias. Ontem, após o término da paralisação, a Polícia Rodoviária Federal teve de limpar as pistas – restos de borracha queimada e de papel estavam sob o asfalto – para evitar acidentes. Em Brasília, pouco depois das 16h, o Senado aprovou a alteração da Lei dos Caminhoneiros nº 12.619/2012, uma reivindicação da categoria. O texto regulamenta que os caminhões que circularem com rodas erguidas terão de pagar pedágio somente pelos eixos em contato com a estrada. Muda também o intervalo de tempo entre viagens: de 12 horas para 6 horas. A mudança segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff. Na avaliação dos líderes da mobilização, o placar da votação foi uma importante conquista, o que não significa que a batalha terminou. – Conseguimos o que era possível para esta etapa de reivindicação – disse Darci Zanotelli, um dos representantes dos caminhoneiros. A informação é de que os organizadores das manifestações não pretendem mais fechar as rodovias nos próximos dias. Para Zanotelli, um grupo deslocado quer manter a paralisação, mas não terão força para continuar. A PRF disse que não deve permitir que as rodovias sejam bloqueadas novamente.

SC fica sem turismo de observação
O turismo de observação de baleias-franca em embarcações no litoral catarinense está descartado nesta temporada. O Instituto Chico Mendes não conseguiu reverter a suspensão da atividade determinada pela Justiça Federal em maio. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região não acatou o agravo de instrumento proposto pelo Instituto Chico Mendes (ICMbio) e manteve a proibição do turismo de observação em embarcações, com ou sem motor, para Imbituba, Garopaba e Laguna. A Justiça Federal entende que é fundamental a apresentação de um estudo de impacto ambiental. De acordo com a chefe da unidade de conservação Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, Maria Elizabeth Carvalho da Rocha, a posição do ICMbio é de obediência à decisão judicial. – Há possibilidade de recorrer. A decisão está sendo analisada – diz. Se não houver um instrumento capaz de reverter a suspensão, os agentes favoráveis à exploração da atividade trabalham com possibilidade concluir o plano de manejo exigido pela Justiça e que ainda tem prazo de um ano e meio para ser concluído.

Onze acabam detidos no Sul do Estado
Onze pessoas foram presas no Sul do Estado, ontem, em uma operação da Polícia Civil. Os presos são acusados de integrar a facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e atuavam no tráfico de drogas. Foram mobilizados 130 policiais civis de Criciúma e região na ação liderada pela Divisão de Investigação Criminal. A polícia cumpriu 29 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em Criciúma, seis em Balneário Rincão, um em Jaguaruna e seis em Forquilhinha, além do cumprimento de seis mandados de prisão temporária de 30 dias. Foram apreendidas drogas, revólveres e dinheiro do tráfico.

Têxtil centenária estuda pedir falência à Justiça
A Fábrica de Tecidos Carlos Renaux estuda a possibilidade de encaminhar pedido de falência à Justiça. A empresa, que tem 121 anos de existência, está desde 2011 em processo de recuperação judicial. De acordo com o administrador judicial da têxtil, Gilson Amilton Sgrott, ainda são necessárias algumas medidas para definição dos próximos rumos da centenária. – Há perspectiva de autofalência, mas nada oficial foi encaminhado à Justiça. Verificamos que as dificuldades são muito grandes. É só uma questão de fazerem o pedido – alega. O administrador detalha que os salários dos funcionários e a conta de energia elétrica estão atrasadas há cerca de dois meses. O interventor judicial ainda esclarece que para ser concretizado, o pedido de falência precisa de aprovação do Conselho de Administração da empresa e, em caso positivo, a decisão ainda precisa ser comunicada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em 2011, quando a fábrica solicitou a recuperação judicial, tinha cerca de R$ 100 milhões em dívidas, sem contar as pendências fiscais, segundo Sgrott. De acordo com ele, a fábrica está com a maior parte da produção parada há cerca de 20 dias. Em 2011, a empresa tinha 700 colaboradores. Atualmente, são cerca de 280 funcionários segundo Anibal Boettger, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Malharia, Tinturaria, Tecelagem e Assemelhados de Brusque (Sintrafite). Boettger confirma que a diretoria da Tecidos Carlos Renaux agendou assembleia com os funcionários para esclarecer os fatos na próxima quarta-feira, às 16h, na sede do Sintrafite. – Havia rumores disso. Mas conversei com Rolf Bueckmann (administrador da empresa) e ele garantiu que está em busca de recursos para retomar o funcionamento da Fábrica de Tecidos Renaux – revela Boettger.

 

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