Manchetes dos Jornais e Clipping - 12/06/13 - Quarta-feira

12/06/2013

Diário Catarinense
Cem mil pequenos empresários saem da informalidade em SC

A Notícia
Blitz da PM contra o crime

Jornal de Santa Catarina
Vale luta para receber a seleção da Alemanha

Folha de São Paulo
 Contra tarifa, manifestantes vandalizam centro e Paulista

O Estado de São Paulo
 Bolsa cai a níveis de 2011 e dólar cede após intervenção

O Globo
Credibilidade em xeque: Dólar em alta engole lucro das empresas

Correio Braziliense
 Crise de confiança no Brasil ameaça até aposentadorias

Valor Econômico
 Gasto com executivos para de crescer

Zero Hora
Propina de até R$ 3 mil por carteira de motorista
 

(Folha de São Paulo)
EUA e Japão derrubam Bolsas no mundo
Dúvidas sobre o futuro de medidas de estímulo a economias importantes, como EUA e Japão, derrubaram Bolsas do mundo todo ontem, com reflexo na do Brasil. O principal índice local, o Ibovespa, caiu 3% para o menor nível desde 8 de agosto de 2011: 49.769 pontos. A desvalorização para menos de 50 mil pontos é um marco preocupante para quem aplica na BM&FBovespa, que não tem conseguido se recuperar desde a crise financeira global de 2008. Naquele ano, o Ibovespa chegou a 73.516 pontos, o máximo histórico. Ontem, a fuga dos investidores de alternativas consideradas de maior risco, como ações, foi generalizada. Havia nos mercados a aposta de que o BC japonês anunciaria novas medidas de estímulo, o que não ocorreu, frustrando expectativas. Além disso, permanece a perspectiva de que o BC americano possa reduzir os estímulos monetários nos EUA e, depois, subir os juros do país (hoje próximos de zero). Nesse contexto, títulos públicos americanos, remunerados pela taxa de juros e considerados de baixo risco, passam a ser mais atraentes. No cenário brasileiro, são fatores de pressão o Produto Interno Bruto (PIB) fraco e a inflação alta, além da ameaça da agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's de reduzir a nota atribuída ao país. O comportamento de um instrumento financeiro chamado CDS (Credit Default Swap), espécie de seguro contratado pelos investidores contra calotes, mostra que os estrangeiros estão mais desconfiados do Brasil. O CDS mais negociado do país subiu para 178,7 pontos ontem, saindo de 171,5 no dia anterior. Há 30 dias, estava em 106,5 pontos. Isso significa que, ontem, para proteger US$ 10 milhões emprestados a uma instituição brasileira por um ano, o investidor pagava US$ 171,5 mil pelo seguro. Há 30 dias, esse valor era de US$ 106,5 mil. Quanto maior o risco percebido, maior o preço. Como base de comparação, o CDS do México subiu para 136,8 pontos, de 130,5 na véspera. E o do Peru, para 145,5 pontos, de 135,6 pontos. Para analistas, deve haver fuga de recursos estrangeiros do Brasil pelo menos até que se definam os estímulos em países desenvolvidos. O dólar abriu o dia em alta ontem no Brasil, o que levou o BC a fazer duas intervenções para conter a cotação. A moeda fechou em queda de 0,21%, a R$ 2,142.

Dilma retoma agenda positiva após queda na popularidade
Em um momento de queda de popularidade, a presidente Dilma retoma hoje sua estratégia de agenda positiva e anuncia o financiamento subsidiado de eletrodomésticos e móveis para beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. Na mesma linha de outras medidas de apelo popular, como a de redução da tarifa de energia elétrica e corte de tributos da cesta básica, a solenidade de hoje vai ser tema, em breve, de pronunciamento da presidente em cadeia nacional de rádio e TV. Antecipada ontem pela coluna "Painel", da Folha, a estratégia do governo é montada pelo marqueteiro João Santana. O objetivo é combater a onda de notícias negativas das últimas semanas, que resultou na queda de oito pontos na popularidade da Dilma, segundo o Datafolha. O governo enfrenta uma sequência de más notícias, como o pessimismo na economia --que levou o Banco Central a intensificar a alta de juros para frear a inflação--, os conflitos com grupos indígenas e o tumulto criado por boatos sobre o fim do programa Bolsa Família. O anúncio sobre o Minha Casa, Minha Vida também reflete a preocupação da presidente com o setor produtivo: a expectativa é que o lançamento da linha de crédito ajude nas vendas, num esforço de recuperação da atividade industrial. Nos últimos meses, o consumo das famílias desacelerou por causa da alta da inflação e do endividamento da da população, contribuindo para reduzir o ritmo de crescimento da economia. A linha de crédito com juros subsidiados para aquisição de móveis e eletrodomésticos foi uma encomenda da própria presidente Dilma, depois de ela exigir mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, como a instalação de piso de cerâmica em todas as unidades. A compra de móveis e eletroeletrônicos será feita via cartão de crédito oferecido pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil para quem já assinou o contrato do programa. O valor máximo do empréstimo será de R$ 5.000. Atualmente, existe 1,9 milhão de mutuários do programa, e a previsão do governo é que esse número alcance 2,4 milhões de famílias no fim do ano que vem. A faixa de renda dos beneficiários da nova linha de crédito varia de R$ 1.600 a R$ 5.000. A taxa de juros do financiamento será subsidiada pelo Tesouro Nacional e ficará em 5% ao ano. O prazo de pagamento do empréstimo, que chegou a ser cogitado em 60 meses, foi limitado a 48 parcelas mensais. Dessa forma, uma família que decidir usar o valor total do financiamento terá de pagar prestações de R$ 114 mensais por quatro anos. O governo também desistiu de fixar um kit de bens a serem adquiridos pelas famílias. No entanto, houve a definição de uma cesta de produtos (que vão de geladeira, fogão, aparelho de TV a móveis) selecionada pelo próprio governo e acertada com o setor varejista. O cartão de crédito do Minha Casa só poderá ser usado em lojas credenciadas pelo governo federal.

Senadores querem ouvir presidente da Caixa
O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, será convidado a explicar no Senado a antecipação nos pagamentos do Bolsa Família. A Comissão de Fiscalização e Controle da Casa aprovou o convite, de autoria de Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do PSDB no Senado, e de Álvaro Dias (PSDB-PR). O banco liberou todos os benefícios --R$ 2 bilhões-- de uma só vez às famílias participantes. Isso pode ter originado os rumores sobre o fim do programa, causando tumulto. Hereda não é obrigado a comparecer.

Em dez anos, preços de PCs e televisores caem mais de 60%
O preço dos microcomputadores caiu 61% entre janeiro de 2003 e abril deste ano, de acordo com o IPCA, índice oficial de inflação calculado pelo IBGE. Outros eletroeletrônicos também ficaram mais baratos nos últimos dez anos, como os televisores, com queda de preço de 67%, segundo o levantamento. No mesmo período, o custo de vida dos brasileiros aumentou 81%. Os dados foram compilados pelo IBGE para uma pesquisa encomendada pela multinacional Intel e obtida pela Folha. Na avaliação de especialistas, a Lei do Bem (2005), que concedeu isenções fiscais a fabricantes nacionais de itens de informática e eletrônicos, é um motivo para a queda dos preços desses dois bens. O incentivo aumentou a quantidade de empresas produzindo no país, o que trouxe avanços na manufatura e na tecnologia do equipamento, diz Álvaro Leal, da consultoria IT Data. Entre as companhias que passaram a fabricar PCs no Brasil estão Dell, HP e Lenovo. Muitas fabricantes estão na Zona Franca de Manaus, o que também implica benefícios fiscais. "Também contribui o fato de boa parte dos componentes usados na fabricação ser importada da China", diz Heron do Carmo, do departamento de economia da Universidade de São Paulo. Além disso, a explosão de consumo de PCs no país nos últimos anos estimulou o aumento da produção e, assim, a redução dos custos. Desde 2006, as vendas do equipamento triplicaram no país, chegando a 15,5 milhões de unidades, segundo dados da consultoria IDC. O Brasil se tornou o quarto maior mercado do mundo. Esse movimento, no entanto, tem perdido força, com o avanço dos tablets. A estimativa é que neste ano o mercado de PCs encolha 7,2%.

(Diário Catarinense)
Greve termina após pressão da justiça

A decisão da Justiça ontem à tarde de marcar para amanhã o dissídio da categoria foi determinante para o fim da greve dos motoristas e cobradores de ônibus da Grande Florianópolis. A volta ao trabalho foi decidida pelos integrantes do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano na Grande Florianópolis (Sintraturb) às 21h50min de ontem, depois de quase duas horas de assembleia. Os ônibus já estão circulando normalmente. A decisão foi tomada para evitar que a Justiça do Trabalho determinasse o índice de reajuste salarial e levasse as demais solicitações para julgamento – na prática, os integrantes do sindicato temiam receber menos do que a proposta de 9,79% oferecida pelo Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo da Grande Florianópolis (Setuf). Levou duas horas para que a diretoria do sindicato dos trabalhadores convencesse os cerca de 600 motorista e cobradores a acabar com a greve. Uma série de medidas adotadas pela Justiça para que a população voltasse a ter transporte foi fundamental. No início da tarde, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), não houve acordo entre empresas e Sintraturb. Diante do impasse, o desembargador Gilmar Cavalieri marcou o dissídio para amanhã. Na sequência, o procurador do Ministério Público do Trabalho Alexandre Freitas pediu a execução provisória da multa diária de R$ 100 mil a ser paga pelos dois sindicatos por causa do descumprimento da manutenção da frota mínima. O procurador solicitou que os valores fossem cobrados imediatamente. No documento constava ainda que se não houvesse recursos disponíveis os sindicatos deveriam indicar bens a serem penhorados, que ficariam indisponíveis até o julgamento final do caso, o que poderia levar anos.

Executivo cede para aprovar fundo
Ao negociar com o PT duas mudanças na versão original da proposta, o Centro Administrativo espera ter colocado um ponto final nas discussões em torno da criação do Fundo Estadual de Apoio aos Municípios (Fundam), que deve ir à votação na Assembleia Legislativa entre hoje e amanhã. O governo Raimundo Colombo (PSD) tem pressa: depende do aval dos deputados para lançar mão do pacote de R$ 500 milhões que deve socorrer as 295 prefeituras catarinenses. Há ainda o viés político-eleitoral do projeto. O acordo – extraoficial – é de que os 44 deputados estaduais terão direito a indicar R$ 132 milhões (serão R$ 3 milhões para cada um) em obras e ações nos municípios. Na manhã de hoje, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) volta a analisar a matéria. O presidente Mauro de Nadal (PMDB) está disposto a colocar o projeto em votação. O desafio dele é garantir que o projeto seja aprovado com somente quatro das sete emendas protocoladas ontem à tarde. As três propostas rejeitadas pelo governo – o líder Aldo Schneider (PMDB) levou o caso ao secretário Nelson Serpa (PSD) – são do PT. O Centro Administrativo não concordou em criar a cota mínima de R$ 700 mil por prefeitura nem com o depósito de 50% do total da obra no ato da assinatura da ordem de serviço. Também não houve acordo em torno do conselho gestor. – Vamos reapresentar as emendas na Comissão de Finanças – antecipou Ana Paula Lima (PT), ainda não comunicada da decisão do governo. Para agilizar a tramitação e votar a matéria hoje no plenário, o deputado Darci de Matos (PSD) convocou reunião extraordinária da Comissão de Finanças para as 9h30min. O secretário Nelson Serpa disse que ainda não viu as propostas de mudança do fundo, mas ressaltou a independência dos poderes e lembrou que a Assembleia tem a liberdade de realizar as alterações que julgar necessárias.

Minoria adere à lei da nota fiscal
Santa Catarina segue a tendência de outros estados e tem mais de 80% dos estabelecimentos comerciais descumprindo a nova lei da nota fiscal que prevê a discriminação dos valores gastos com sete impostos sobre o preço da compra total. A dificuldade de micro e pequenas empresas em aderir à legislação, válida desde a última segunda-feira, fez a Casa Civil pedir ao Congresso Nacional a suspensão das fiscalizações no comércio por mais um ano. Até lá, o Procon de SC afirmou que não irá fiscalizar os estabelecimentos comerciais. Segundo o gerente jurídico da Fecomércio, Rafael Arruda, as micro e pequenas empresas têm mais gastos para comprar um programa que faça o cálculo de impostos para cada produto. Apesar de também haver a possibilidade de informar o valor dos impostos dos produtos por meio de um painel, Arruda descredibiliza a opção. – Tivemos uma demanda grande de empresas que não conseguiram se adaptar – explica. Denissandro Pereira, diretor de assuntos tributários da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), defende a ideia de mostrar a carga tributária do país aos consumidores, porém identifica a falta de regulamentação como um dos problema da lei, por não trazer clareza aos empresários sobre o assunto. Ele lembra que são doze os casos de penalidade previstos para quem descumprir a norma, mas ainda não se sabe para quais situações irregulares eles são aplicados.
 

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